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Mercados recuperam-se com leilões cambiais

Os mercados tiveram um dia de recuperação depois da tensão com vencimentos cambiais na semana passada. Ainda assim, as oscilações devem continuar até o final do ano. Analistas esperam alta da Selic na quarta-feira.

Por Agencia Estado
Atualização:

Os mercados recuperaram-se do pessimismo da semana passada, com forte queda do dólar. Os juros e a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) acompanharam a retomada, mas com menos força. Os leilões cambiais de hoje tiveram sucesso e atenuaram a pressão sobre a moeda norte-americana. Analistas revêem suas previsões e esperam alta da Selic, a taxa básica referencial de juros da economia. O final do ano concentrou uma série de vencimentos cambiais, que vêm pressionando as cotações do dólar. As oscilações vem sendo fortes, mas hoje o dia foi de queda com os leilões de antecipação da rolagem dos contratos que vencem na quarta-feira. A taxa que corrigirá esses papéis toma como base a média das cotações de amanhã. O Banco Central já conseguiu prorrogar 83,8% do total de US$ 2,4 bilhões; mas as taxas de juros foram salgadas e uma parte da rolagem é para 18 de dezembro deste ano. De maneira geral, as oscilações devem continuar até o final do ano, com grande expectativa pelos nomes que comporão a equipe econômica do novo governo. Também observam-se com atenção as primeiras medidas e o sucesso na sua implementação a partir de janeiro. A partir daí, pode haver maior recuperação das cotações. De qualquer maneira, em função dos dados indicando alta da inflação, vários analistas esperam alta da Selic. A taxa está atualmente em 21% ao ano e espera-se uma elevação entre 0,5 e 2 pontos porcentuais. A decisão será tomada na quarta-feira na reunião mensal do Comitê de Política Monetária (Copom). No exterior, os investidores seguem monitorando o conflito entre o Iraque e os Estados Unidos. Os inspetores de armas da Organização das Nações Unidas (ONU) chegaram hoje a Bagdá, e espera-se agora o relatório do governo iraquiano sobre o arsenal militar do país. O processo é demorado, mas ainda podem surgir muitos fatos novos e resistências, trazendo oscilações às bolsas internacionais. Mercados O dólar comercial foi vendido a R$ 3,5600 nos últimos negócios do dia, em baixa de 3,39% em relação às últimas operações de sexta-feira, oscilando entre R$ 3,5400 e R$ 3,6550. Com o resultado de hoje, o dólar acumula uma alta de 53,71% no ano e queda de 8,13% nos últimos 30 dias. No mercado de juros, os contratos de DI futuro com vencimento em janeiro de 2003 negociados na Bolsa de Mercadorias & Futuros pagam taxas de 23,170% ao ano, frente a 23,380% ao ano sexta-feira. Já os títulos com vencimento em julho de 2003 têm taxas de 28,500% ao ano, frente a 28,900% ao ano negociados sexta-feira. A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) fechou em alta de 0,91% em 9974 pontos e volume de negócios de R$ 570 milhões. Com o resultado de hoje, a Bolsa acumula uma baixa de 26,57% em 2002 e alta de 10,51% nos últimos 30 dias. Das 50 ações que compõem o Ibovespa - índice que mede a valorização das ações mais negociadas na Bolsa -, nove apresentaram alta. Mercados internacionais Às 18h, o Dow Jones - Índice que mede a variação das ações mais negociadas na Bolsa de Nova York - operava em queda de 0,86% (a 8505,4 pontos), e a Nasdaq - bolsa que negocia ações de empresas de alta tecnologia e informática em Nova York - caía 0,45% (a 1404,75 pontos). O euro era negociado a US$ 1,0081; uma queda de 0,21%. Na Argentina, o índice Merval, da Bolsa de Valores de Buenos Aires, fechou em alta de 0,95% (456,38 pontos). Não deixe de ver no link abaixo as dicas de investimento, com as recomendações das principais instituições financeiras, incluindo indicações de carteira para as suas aplicações, de acordo com o perfil do investidor e prazo da aplicação. Confira ainda a tabela resumo financeiro com os principais dados do mercado.

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