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Mercados relativamente estáveis hoje

Por Agencia Estado
Atualização:

Apesar da apreensão dos investidores em relação aos cenários interno e externo, as cotações, na Bolsa hoje, como ontem, apresentaram pequena variação. Houve muitas oscilações, mas dentro de uma margem estreita. A Bovespa fechou em alta de 0,15%. O destaque voltou a ser para os papéis preferenciais - PN, sem direito a voto - da Cesp, com alta de 4,74% e Tele Nordeste Celular PN, que disparou 5,84%. As ações ordinárias - com direito a voto - da Petrobras, as mesmas que serão leiloadas pelo governo, provavelmente no dia 8 de agosto, fecharam em R$ 46,40, com alta de 0,89%. Os investidores estão atentos ao depoimento amanhã do ex-secretário especial da Presidência da República Eduardo Jorge na subcomissão do Senado. Também desperta a atenção o fato de o Supremo Tribunal Federal julgar na quinta-feira da semana que vem as ações de correção de contas de FGTS por perdas durante os planos econômicos da época de inflação alta, que pode custar R$ 50 bilhões ao governo. Dólar interrompe queda e juros caem com notícias de emissão parcial de títulos cambiais Além disso, surgiram boatos, confirmados às 18:00 com a divulgação de edital do Banco Central, conforme apurou o repórter Gustavo Freire, sobre uma esperada troca de títulos cambiais. Porém, o governo deve resgatar cerca de 25% deles, o que eleva as cotações do dólar. Com isso, os contratos de juros de DI a termo - que indicam a taxa prefixada para títulos com período de um ano - pagavam juros de 17,750% ao ano, frente a 17,880% ao ano ontem. E o dólar fechou em R$ 1,7960, com queda de 0,39%. A movimentação deveu-se, conforme apurou o editor Mário Rocha, à compra de dólares para remessas de empresas ao exterior, uma pequena variação diária, que não altera a percepção da tendência atual da moeda norte-americana. De um modo geral, os analistas julgam que o fluxo de investimentos diretos, estimulado pelo bom cenário interno, deve continuar pressionando as cotações para valores próximos de R$ 1,80, sem muito espaço para altas ou baixas expressivas. Mercados esperam decisão sobre juros nos EUA, dia 22 Porém, o principal elemento de expectativa para todos os mercados continua sendo o rumo dos juros norte-americanos, a ser decidido na próxima reunião do Fed - banco central norte-americano - em 22 de agosto. Os analistas dividem-se a esse respeito, entre a manutenção nos atuais 7,5% ao ano e uma elevação de 0,25 ponto porcentual. E, embora haja sinais claros de desaquecimento da economia dos EUA, a dúvida é se já foram atingidos os patamares esperados pelo governo. O banco central norte-americano promoveu várias elevações de juros dos últimos seis meses, para refrear o que foi diagnosticado como crescimento excessivo da economia. Amanhã será divulgado o dado sobre desemprego nos Estados Unidos, um indicador central para as análises do Fed. Com os dados divulgados até hoje, indicando a tendência de desaceleração do consumo, o Dow Jones - Índice que mede as ações mais negociadas na Bolsa de Nova Iorque - fechou em alta de 0,76%, e a Nasdaq - bolsa que negocia ações de empresas de alta tecnologia e informática - fechou em queda de 0,73%.

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