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Mercados relativamente estáveis no Brasil

Os mercados no Brasil e no mundo apresentaram variações muito pequenas hoje, mantendo-se próximos dos índices de fechamento de ontem. Expectativa por novos avanços internamente e pela queda do juro nos EUA dominou negócios.

Por Agencia Estado
Atualização:

Num dia de poucas novidades, os mercados no Brasil e no mundo tiveram um dia morno. As cotações mantiveram-se em torno dos valores de fechamento de ontem, com pequenas oscilações ao longo do dia. A grande expectativa é em relação à possível queda no juro básico norte-americano na reunião de amanhã do Fed, o banco central norte-americano. Considera-se provável mais uma queda nas taxas de juros dos Estados Unidos, atualmente em 1,75% ao ano, um dos valores mais baixos em quarenta anos. É que a economia está reagindo com muita hesitação e inconstância, e o governo espera estimular o consumo e o crescimento com taxas reais (descontada a inflação) em torno de zero. O remédio tem demonstrado efeito limitado, e, nos atuais níveis, a tendência é que impactem ainda menos a atividade econômica. Mas, se a expectativa se confirmar, pode haver alguma recuperação nas cotações. De qualquer forma, as altas dos últimos dias nas bolsas em Nova York já incorporam em grande parte essa expectativa. O pano de fundo é que continua preocupando, ou seja, sinais repetidos de fragilidade na recuperação da economia. O risco de uma recessão, por exemplo, ainda não está descartado. Os mercados também aguardam o resultado das eleições legislativas de hoje nos Estados Unidos. Internamente, os investidores parecem ter esgotado a recuperação inicial à eleição do novo governo. Os avanços dos últimos dias foram interrompidos hoje e os investidores aguardam fatos novos para reavaliar suas posições. Hoje o PT anunciou os principais nomes da equipe de transição de governo, a maioria nomes técnicos ligados a governos locais e estaduais do partido. Agora, as votações promovidas pela bancada petista no Congresso, as medidas e declarações da equipe de transição, além das primeiras indicações da equipe definitiva, como a Presidência do Banco Central (BC) podem voltar a afetar os negócios. Mercados O dólar comercial foi vendido a R$ 3,5250 nos últimos negócios do dia, em baixa de 0,42% em relação às últimas operações de ontem, oscilando entre R$ 3,5200 e R$ 3,6000. Com o resultado de hoje, o dólar acumula uma alta de 52,20% no ano e queda 2,62% nos últimos 30 dias. No mercado de juros, os contratos de DI futuro com vencimento em janeiro de 2003 negociados na Bolsa de Mercadorias & Futuros pagam taxas de 22,630% ao ano, frente a 22,720% ao ano ontem. Já os títulos com vencimento em julho de 2003 têm taxas de 27,450% ao ano, frente a 27,080% ao ano negociados ontem. A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) fechou em queda de 0,51% em 9861 pontos e volume de negócios fraco, de R$ 402 milhões. Com o resultado de hoje, a Bolsa acumula uma baixa de 27,37% em 2002 e alta de 6,50% nos últimos 30 dias. Das 50 ações que compõem o Ibovespa - índice que mede a valorização das ações mais negociadas na Bolsa -, o número de altas e baixas foi equilibrado. Mercados internacionais Às 18h, o Dow Jones - Índice que mede a variação das ações mais negociadas na Bolsa de Nova York - operava em alta de 0,87% (a 8645,8 pontos), e a Nasdaq - bolsa que negocia ações de empresas de alta tecnologia e informática em Nova York - caía 0,21% (a 1393,60 pontos). O euro era negociado a US$ 0,9995; uma alta de 0,21%. Na Argentina, o índice Merval, da Bolsa de Valores de Buenos Aires, fechou em alta de 0,09% (425,15 pontos). Não deixe de ver no link abaixo as dicas de investimento, com as recomendações das principais instituições financeiras, incluindo indicações de carteira para as suas aplicações, de acordo com o perfil do investidor e prazo da aplicação. Confira ainda a tabela resumo financeiro com os principais dados do mercado.

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