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Mercados seguem estáveis e atentos a Nova York

A economia dos Estados Unidos e as oscilações das bolsas em Nova York estão influenciando os negócios no Brasil. Ainda assim, a estabilidade das cotações predomina, e até o dólar interrompeu - ainda não se sabe se definitivamente - o ciclo de pequenas altas.

Por Agencia Estado
Atualização:

Os mercados continuam operando com muita estabilidade, com muita atenção aos acontecimentos nos Estados Unidos. Não se esperam grandes notícias até o carnaval, a situação argentina parece mais controlada e as eleições presidenciais ainda estão distantes. Depois do feriado, na metade de fevereiro, deve ser suspenso o racionamento de energia, e também começam as apostas pela redução dos juros, que não deve ser impressionante, já que a meta de inflação para 2002 é muito apertada e só deve melhorar a partir do segundo semestre. Mas são as notícias dos Estados Unidos que estão comandando as pequenas oscilações dos mercados. Por um lado, os investidores passaram a assumir uma postura de cautela, temendo novos casos de maquiagem contábil, como da Enron, que conseguiu disfarçar uma crise falimentar com práticas condenáveis eticamente. Além disso, a recessão que o país vive também levou outras grandes empresas a decretar concordata, trazendo fortes quedas nas suas ações. O medo de que isso volte a acontecer afugentou os compradores. Ironicamente, o noticiário econômico está surpreendendo positivamente. Ontem o Fed - banco central dos EUA - anunciou a manutenção do juro básico em 1,75% ao ano, conforme esperado pelo mercado. Esse é um forte indicador de que a recessão possa estar terminando, já que o governo promoveu seguidas quedas de juros ao longo de 2001 para estimular a economia. Em seus discursos, o presidente do Fed, Alan Greenspan, observa que os últimos dados indicam que uma recuperação - ainda que frágil - já possa estar em curso. Ontem, inclusive, foi divulgada a primeira de três prévias do crescimento do PIB do país no último trimestre de 2001. Enquanto analistas esperavam uma queda de cerca de 1%, o resultado foi um aumento de 0,2%. Outro fato que chamou a atenção dos investidores é que o dólar interrompeu uma seqüência de sete pregões com pequenas altas, firmando-se em R$ 2,4320. Ainda não se sabe se a tendência se modifica, mas analistas consideram que os negócios no patamar anterior, bem abaixo de R$ 2,40, não deve retornar sem uma retomada do otimismo, um desempenho mais agressivo das exportações ou uma concentração de captações no exterior. No mês, a moeda norte-americana já se valorizou 5,56%, de uma cotação de R$ 2,3040 no dia 2. Não deixe de ver no link abaixo as dicas de investimento, com as recomendações das principais instituições financeiras, incluindo indicações de carteira para as suas aplicações, de acordo com o perfil do investidor e prazo da aplicação. Confira ainda a tabela resumo financeiro com os principais dados do mercado.

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