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Mercados sofrem com crise internacional

Os mercados brasileiros tiveram mais um dia pessimista em função do agravamento do cenário internacional. O governo dos EUA inicia acertos políticos internos e externos para invadir o Iraque.

Por Agencia Estado
Atualização:

As bolsas norte-americanas tiveram uma pequena recuperação depois do tombo de ontem. Mas as preocupações com uma guerra entre os Estados Unidos e o Iraque, que parece cada vez mais provável, trouxeram apreensões. As quedas em algumas bolsas européias e no Japão e as altas nos preços do petróleo tiveram efeitos nos mercados brasileiros, com queda na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) e alta no dólar e juros. Os mercados brasileiros vinham reagindo às mudanças na corrida presidencial e ignoraram as quedas da última semana nas bolsas mundiais. Os avanços de José Serra (PSDB/PMDB), o favorito do mercado, sustentaram recuperações em nas cotações, mas, segundo analistas, esse efeito se esgotou. Agora, somente se ele se isolar na segunda colocação nas pesquisas de intenção de voto, os investidores podem assumir uma postura mais otimista. Mas, além dos fatores internos, voltou a pesar a crise internacional. A crise de confiança do investidor nas bolsas norte-americanas não passou, e continua tendo efeitos negativos no fluxo de investimentos para mercados de maior risco, como o brasileiro. E teme-se a ocorrência de novos ataques terroristas no aniversário dos atentados a Nova York e Washington, em uma semana. E o presidente George W. Bush passou das ameaças e está tomando medidas efetivas para que o Congresso dos Estados Unidos e governos estrangeiros apóiem uma guerra com o Iraque. O primeiro-ministro da Inglaterra, Tony Blair já se alinhou a Bush, mas também busca apoio interno. O presidente norte-americano também discursará nas Nações Unidas para convencer a comunidade internacional sobre a necessidade da ação militar. Com a possibilidade de um agravamento da situação no Oriente Médio, os preços do petróleo vão subindo, e os mercados mundiais refletem as preocupações. Mercado O dólar comercial foi vendido a R$ 3,1200 nos últimos negócios do dia, em alta de 0,65% em relação às últimas operações de ontem, oscilando entre R$ 3,1040 e R$ 3,1550. Com o resultado de hoje, o dólar acumula uma alta de 34,72% no ano e 3,65% em setembro. No mercado de juros, os contratos de DI futuro com vencimento em janeiro de 2003 negociados na Bolsa de Mercadorias & Futuros pagam taxas de 20,250% ao ano, frente a 20,320% ao ano ontem. A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) fechou em queda de 1,37% em 9996 pontos e volume de negócios de R$ 500 milhões. Com o resultado de hoje, a Bolsa acumula uma baixa de 26,38% em 2002 e alta de 1,46% nos últimos 30 dias. Das 50 ações que compõem o Ibovespa - índice que mede a valorização das ações mais negociadas na Bolsa -, dez apresentaram altas. O principal destaque foram os papéis da Embratel PN (preferenciais, sem direito a voto), com desvalorização de 10,16% e Globocabo PN, que caiu 12,00%. Mercados internacionais Em Nova York, o Dow Jones - Índice que mede a variação das ações mais negociadas na Bolsa de Nova York - fechou em alta de 1,41% (a 8425,1 pontos), e a Nasdaq - bolsa que negocia ações de empresas de alta tecnologia e informática em Nova York - subiu 2,25% (a 1292,31 pontos). Às 18h, o euro era negociado a US$ 0,9916; uma queda de 0,48%. Na Argentina, o índice Merval, da Bolsa de Valores de Buenos Aires, fechou em alta de 1,40% (373,72 pontos). Não deixe de ver no link abaixo as dicas de investimento, com as recomendações das principais instituições financeiras, incluindo indicações de carteira para as suas aplicações, de acordo com o perfil do investidor e prazo da aplicação. Confira ainda a tabela resumo financeiro com os principais dados do mercado.

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