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Mercados tem dia de otimismo

Oscilações fortes continuam no mercado financeiro. Hoje foi dia de alta para as bolsas norte-americanas e para a paulista. Dólar e juros continuam caindo no Brasil.

Por Agencia Estado
Atualização:

O cenário está aos poucos ficando mais claro, dando espaço para o otimismo. Hoje, os investidores em ações apostaram firme nos Estados Unidos. A Nasdaq fechou com alta forte de 5,34%, tendo trabalhado o dia inteiro com valorização. O índice Dow Jones, principal indicador da bolsa de Nova Iorque, fechou em alta de 1,23%. A Bolsa de Valores de São Paulo também foi no ritmo de alta, fechando com uma valorização de 3,3%. O bom desempenho do mercado nos Estados Unidos foi motivado pela divulgação de alguns indicadores da economia norte-americana. Os números apontaram para uma desaceleração tranqüila da robusta economia norte-americana. Essa é uma expressão que os analistas estão usando para indicar que a economia dos Estados Unidos vai chegar nos patamares desejados, sem que haja maiores solavancos. É bom lembrar que outros números serão divulgados nos próximos dias, podendo apontar para outra direção. Isso porque se os números continuarem otimistas, o banco central norte-americano (Federal Reserve) talvez não tenha que elevar a sua taxa básica de juros. Já no mercado interno, os analistas creditam o bom desempenho no dia ao início do processo de troca entre ações da Telesp e Tele Sudeste pelo BDR da Telefónica. A operação dá liquidez - facilidade de negociação - a outras ações de telefonia. O mercado também aguarda o início da oferta pública da Portugal Telecom, em 13 de junho, pela recompra das ações da Telesp Celular. Calmaria nos segmentos de dólar e juros Este clima mais otimista está trazendo calma para os segmentos de dólar e juros. O dólar comercial fechou hoje com queda de 0,27%, considerando os últimos negócios do dia, a R$ 1,82 na ponta de venda. O dólar oficial divulgado pelo Banco Central ficou hoje em R$ 1,8202 na ponta de venda, registrando queda de 0,35%, em relação ao fechamento de ontem. Segundo operadores do mercado, a entrada de dólares superou as saídas. No segmento de juros, os swaps prefixados de um ano fecharam o dia pagando 20,82% ao ano, considerando um período de 252 dias úteis. Ontem, neste mesmo padrão de comparação, a taxa era de 21,29% ao ano. Mas o cenário ainda preocupa o governo. Na próxima semana, no leilão de títulos públicos, novamente não haverá venda de prefixados. É que o governo não quer arriscar ter que aceitar juros muito altos, ou então cancelar a venda dos títulos no dia, se houver ainda um clima forte de incerteza. O governo então mantém seu conservadorismo.

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