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Mercados têm dia estável antes da semana curta

A estabilidade predominou nos negócios hoje, enquanto o mercado espera a evolução da corrida presidencial e as votações no Congresso pela CPMF. A semana que vem será encurtada por dois feriados.

Por Agencia Estado
Atualização:

Os bons números das contas públicas em abril surpreenderam e trouxeram algum alento aos mercados. As esperanças de crescimento da candidatura Serra e de solução para a votação da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) colaboraram para uma possibilidade de melhora do cenário. Na espera das boas notícias e de uma semana encurtada pelo feriado norte-americano de Memorial Day na segunda-feira e de Corpus Christi na quinta, o dia foi calmo. Ontem, o resultado do Tesouro nacional agradou, e foi confirmado pelo superávit primário de abril, que atingiu R$ 8,973 bilhões, o maior resultado mensal do ano. O controle das contas públicas é um sinal importante para os mercados nesse momento de instabilidade internacional e de sustos por conta da sucessão presidencial. Outra boa notícia é a perspectiva de prorrogação da CPMF com a possibilidade de aplicação imediata, o que se decidirá no início de junho. No quadro eleitoral, espera-se um avanço da pré-candidatura de José Serra, agora que foi concluída a aliança com o PMDB e a vice foi escolhida. As inserções do candidato na televisão essa semana também podem trazer frutos, o mercado espera uma alta de quatro a cinco pontos nas pesquisas a serem divulgadas nos próximos dias. Se isso não acontecer, o nervosismo pode voltar. Na Argentina, o governo perdeu a votação de mudança na Lei de Subversão Econômica nos termos exigidos pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) por estreita margem e a oposição ainda entrou com um projeto convocando novas eleições presidenciais em 120 dias com o apoio de alguns deputados governistas. Num dia nervoso, a bolsa voltou a cair e dólar seguiu subindo apesar das intervenções do Banco Central. Mercados no Brasil O dólar comercial para venda fechou em R$ 2,5210 - uma queda de 0,32% em relação a ontem. A oscilação foi grande, a mínima chegou a R$ 2,5140 e a máxima, a R$ 2,5400. Em maio, o dólar já acumula uma alta de 6,73%. No ano, a alta já é de 8,85%. A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) encerrou o dia com queda de 0,14%. O volume de negócios ficou em torno de R$ 341 milhões. Entre as 50 ações que compõem o Ibovespa - índice que mede a valorização das ações mais negociadas na Bolsa - não houve fortes movimentações. A exceção foi a recuperação de Embratel Participações ON (ordinárias, com direito a voto), que subiu 5,83%. No mercado de juros, os contratos de DI futuro com vencimento em junho, negociados na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F), terminaram o dia com taxas de 18,270% ao ano, frente a 18,200% ao ano negociados ontem. Mercados internacionais Nos Estados Unidos, os mercados fecharam mais cedo em função do feriado de Memorial Day, na segunda-feira. O Dow Jones - Índice que mede a variação das ações mais negociadas na Bolsa de Nova York - encerrou o dia em queda de 1,09%, e a Nasdaq - bolsa que negocia ações de empresas de alta tecnologia e informática em Nova York - fechou com queda de 2,13%. Na Argentina, as derrotas do governo no Congresso tiveram efeito nos mercados. O índice Merval da Bolsa de Valores de Buenos Aires encerrou o quinto dia de quedas com 4,90%. E o dólar, segundo a correspondente Marina Guimarães, fechou negociado a $ 3,60 pesos. Não deixe de ver no link abaixo as dicas de investimento, com as recomendações das principais instituições financeiras, incluindo indicações de carteira para as suas aplicações, de acordo com o perfil do investidor e prazo da aplicação. Confira ainda a tabela resumo financeiro com os principais dados do mercado.

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