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Mercados têm dia morno com feriado e apagão

Os mercados já vinham operando com volumes ínfimos antes mesmo do apagão, e a Bovespa fechou com o menor volume num pregão completo desde setembro de 1999. O dólar comercial para venda subiu para R$ 2,3740, os juros do swap de um ano caíram para 20,05% ao ano e a Bovespa caiu 1,63%.

Por Agencia Estado
Atualização:

O destaque do dia foi a falta de negócios. O feriado em memória de Martin Luther King Jr. nos Estados Unidos reduziu o volume de transações, o que se agravou com o apagão que atingiu sete Estados do Centro-Sul do Brasil, incluindo a cidade de São Paulo. O volume da Bolsa de Valores de São Paulo foi o menor num pregão completo desde 6 de setembro de 1999, atingindo meros R$ 189,568 milhões, conforme apurou a editora Márcia Pinheiro. O resultado da balança comercial da terceira semana de janeiro decepcionou, registrando déficit de US$ 258 milhões, quase zerando o saldo do ano. Por outro lado, a pesquisa semanal do Banco Central divulgada hoje revelou maior otimismo das instituições financeiras com o fluxo de recursos externos para o Brasil. Para o balanço de 2001, ainda não concluído, a estimativa do mercado de entradas relativas a investimento direto estrangeiro elevou-se para US$ 20,5 bilhões. E, para este ano, a previsão também subiu para US$ 16,5 bilhões. Além disso, empresas brasileiras continuam sustentando fortes captações no exterior. A Petrobrás divulgou hoje que pretende ampliar suas operações, que devem chegar a US$ 2 bilhões somente em 2002, já considerados os US$ 300 milhões anunciados anteriormente. Após os fechamentos, a Fundação Getúlio Vargas (FGV) informou o resultado do Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M), de 0,32% para a segunda prévia do mês, dentro das expectativas. Os investidores esperavam que os índices viessem bem mais baixos no início do ano, mas as previsões foram revistas, devido aos últimos resultados anunciados. Em função da pressão inflacionária, as apostas para a reunião de quarta-feira do Comitê de Política Monetária (Copom) são de manutenção da Selic - taxa básica referencial de juros da economia -, nos atuais 19% ao ano. Argentina recebe missão do FMI E as atenções continuam voltadas para a Argentina, que recebe amanhã missão do Fundo Monetário Internacional (FMI). Crescem as esperanças de sucesso nas negociações, principalmente agora que o governo anuncia medidas mais coerentes com os pareceres do FMI, claramente favorável à desvalorização e pesificação da economia. O presidente Eduardo Duhalde determinou que as contas em dólar serão convertidas à taxa de $1,40, e posteriormente corrigidas pela inflação até a devolução, dentro do cronograma estabelecido. A má notícia é que o Banco Central da República Argentina (BCRA) já gastou US$ 130 milhões no mercado livre para controlar a flutuação do peso. Só na sexta-feira, foram US$ 60 milhões, o que o mercado considera insustentável. Hoje, no flutuante, o dólar caiu de $2,10 peso para $1,90 peso à tarde depois de nova venda pelo BCRA, segundo a correspondente da Agência Estado, Marina Guimarães. Fechamento dos mercados O dólar comercial para venda fechou em R$ 2,3740, com alta de 0,34%. Os contratos de swap (troca) de títulos prefixados por pós-fixados com período de um ano fecharam o dia pagando juros de 20,05% ao ano, frente a 20,08% ao ano na sexta-feira. A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) fechou em queda de 1,63%. O índice Merval da Bolsa de Valores de Buenos Aires fechou em alta de 12,98%. Nos Estados Unidos, as bolsas não funcionaram em função do feriado em memória de Martin Luther King Jr. Não deixe de ver no link abaixo as dicas de investimento, com as recomendações das principais instituições financeiras, incluindo indicações de carteira para as suas aplicações, de acordo com o perfil do investidor e prazo da aplicação. Confira ainda a tabela resumo financeiro com os principais dados do mercado.

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