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Mercados têm recuperação

Após o forte pessimismo da semana passada, os mercados começaram a se recuperar. Os mercados já operam em patamares adequados ao novo cenário internacional, mas permanecem atentos a fatos novos e oscilações momentâneas.

Por Agencia Estado
Atualização:

Depois de fortes elevações no dólar e nos juros, com queda na Bolsa, os mercados apresentaram movimento de recuperação nos fechamentos. As cotações, na sexta-feira, atingiram níveis bastante elevados em função de tensões nos mercados externos. Mas, de qualquer forma, o bom cenário da economia brasileira, com crescimento econômico e inflação baixa, refreou hoje as fortes variações da semana passada. A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) fechou em alta de 1,84%. Os contratos de juros de DI a termo - que indicam a taxa prefixada para títulos com período de um ano - fecharam o dia pagando juros de 18,200 % ao ano, frente a 18,400 % ao ano ontem. E O dólar fechou em R$ 1,9400, com queda de 0,15%. Mercados estão ajustados às tensões internacionais, mas permanecem atentos Mesmo com as tensões em relação aos preços do petróleo e à difícil situação econômica argentina, muitos analistas consideram que os mercados já estão ajustados em novos patamares. A atenção continua em relação a fatos novos. A previsão é de que os preços do petróleo mantenham-se estáveis até o início de 2001 e, que, a partir do primeiro trimestre, comecem a cair. Hoje os negócios com o petróleo bruto do tipo Brent para entrega em dezembro fecharam em alta de 0,44% em Londres, a US$ 31,29 por barril. As atenções continuam voltadas para a Argentina. Mas não se espera um desfecho da crise argentina no curto prazo. Isto porque as contas do país já estão fechadas para este ano. Porém, como a crise tem um componente político, pode haver oscilações inesperadas em função de notícias pontuais. Hoje foi feriado, mas amanhã, o governo De la Rúa fará novo leilão de US$ 1,1 bilhão de títulos no mercado interno. Se a taxa for mais alta que o esperado, o mercado pode reagir negativamente. O mercado também continua monitorando as negociações políticas para aprovar o orçamento, sem o qual não teria validade o pacote de ajuste anunciado pelo ministro Machinea em outubro. Amanhã ocorrerão as eleições presidenciais nos Estados Unidos. Não se espera que qualquer resultado possa afetar os mercados. Mas a partir da definição do pleito, o FED - banco central norte-americano - fica mais livre para alterar as taxas de juros. Os mercados nos EUA ainda estão oscilando muito, e as especulações em relação à avaliação da economia e do papel dos juros pelo FED deve recomeçar. Se houver uma elevação das taxas, os mercados no mundo inteiro reagirão com bastante pessimismo. O Dow Jones - Índice que mede as ações mais negociadas na Bolsa de Nova York - fechou em alta de 1,47%%, e a Nasdaq - bolsa que negocia ações de empresas de alta tecnologia e informática em Nova York - fechou em queda de 1,02%%.

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