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Mercados tensos depois de vencimentos

O dia foi tenso com os vencimentos hoje à taxa de ontem. Mas o nervosismo não deve passar, pois os contratos cambiais estão muitos concentrados neste final de ano. Há muita expectativa também em relação à próxima reunião do Copom.

Por Agencia Estado
Atualização:

O governo não teve muito sucesso na rolagem de US$ 3,6 bilhões em cambiais que vencem hoje. Apesar das várias medidas adotadas pelo governo para conter o dólar, as cotações continuam altas. Ontem o comercial para venda fechou em R$ 3,92. Depois da ata da última reunião extraordinária do Comitê de Política Monetária (Copom), o mercado está dividido em suas expectativas em relação ao destino da Selic, a taxa básica referencial de juros da economia, que foi de 18% para 23%. Do pacote de contratos cambiais vencendo hoje, só foram rolados cerca de 61%, a maior parte para diferentes datas no ano de 2002, como tem se observado ao longo do ano. O problema é que, mesmo passado o maior montante hoje, a concentração de vencimentos segue alta nesse final de ano, e a tensão dos últimos dias pode se repetir. Já no dia 23 vence mais um lote de US$ 1,1 bilhão e no dia 1o de novembro, lotes rolados dos compromissos de hoje. Por conta das altas do dólar, da conjuntura internacional, e das desconfianças em relação a um provável governo do PT em nível federal, os mercados têm se mantido muito pessimistas. O dólar não cede, os juros dispararam e a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) fechou ontem no nível mais baixo desde 29 de janeiro de 1999. Ao menos as taxas de juros futuras, que por dois dias seguidos haviam atingido o nível máximo de variação permitido pela Bolsa Mercantil e de Futuros (BM&F), parecem ter se estabilizado, embora em níveis bastante elevados, acima de 25% ao ano. Ontem foi divulgada a ata da última reunião extraordinária do Copom, realizada na última segunda-feira, quando foi elevada a Selic. O documento mostra que a decisão deveu-se ao repasse do câmbio à inflação. Encarecendo o crédito, o consumidor compra menos e há menos espaço para remarcar preços. Mas, como a reunião mensal do Copom ocorre na semana que vem (dias 22 e 23), a dúvida do mercado é se haverá novas altas, especialmente se o nervosismo não passar. Mercados O dólar comercial foi vendido a R$ 3,9200 nos últimos negócios do dia, em alta de 1,82% em relação às últimas operações de ontem. No mercado de juros, os contratos de DI futuro com vencimento em janeiro de 2003 negociados na Bolsa de Mercadorias & Futuros pagam taxas de 25,050% ao ano, frente a 24,690% ao ano ontem. Já os títulos com vencimento em julho de 2003 têm taxas de 28,100% ao ano, frente a 29,397% ao ano negociados ontem. A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) fechou em queda de 1,60% em 8370 pontos, o nível mais baixo desde 29 de janeiro de 1999). Em Nova York, o Dow Jones - Índice que mede a variação das ações mais negociadas na Bolsa de Nova York - fechou em queda de 2,66% (a 8036,0 pontos), e a Nasdaq - bolsa que negocia ações de empresas de alta tecnologia e informática em Nova York - caiu 3,90% (a 1232,42 pontos). O euro fechou a US$ 0,9816; uma alta de 0,19%. Na Argentina, o índice Merval, da Bolsa de Valores de Buenos Aires, fechou em alta de 1,52% (438,02 pontos). Não deixe de ver no link abaixo as dicas de investimento, com as recomendações das principais instituições financeiras, incluindo indicações de carteira para as suas aplicações, de acordo com o perfil do investidor e prazo da aplicação. Confira ainda a tabela resumo financeiro com os principais dados do mercado.

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