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Mercados terminam o dia tranqüilos

O otimismo permanece presente no mercado financeiro no Brasil. O resultado da balança comercial divulgado hoje reforçou este clima. Amanhã e quarta-feira, o Copom reavalia a taxa Selic e a maioria dos analistas aposta em manutenção dos juros m 19% ao ano.

Por Agencia Estado
Atualização:

Os investidores no Brasil permaneceram otimistas hoje ao longo do dia e o clima foi favorecido pelo resultado da balança comercial. Na terceira semana de novembro, o superávit - exportações maiores que importações - foi de US$ 227 milhões. No acumulado do ano, o saldo positivo é de US$ 1,711 bilhão. Para se ter uma idéia, pesquisa do Banco Central (BC) divulgada hoje revelou que a expectativa dos analistas para este ano é de um superávit de US$ 1,5 bilhão. Ou seja, na terceira semana do mês de novembro, o saldo da balança comercial já superou a estimativa dos analistas. O resultado positivo da balança comercial tem sido favorecido pela alta do dólar em relação ao real que, no acumulado do ano, apresenta uma valorização de 29,16% até sexta-feira. Além disso, o desaquecimento econômico interno tem retraído o volume de importações, o que favorece o saldo positivo da balança comercial. Este resultado é muito importante para a economia do País, pois diminui a necessidade de financiamento externo, favorece a queda das cotações do dólar e reduz a pressão de alta sobre os índices de inflação. Este cenário abre a possibilidade de novos cortes na taxa básica de juros da economia, a Selic, que está atualmente em 19% ao ano. O Comitê de Política Monetária (Copom) reúne-se amanhã e quarta-feira para reavaliar a taxa. A maioria dos analistas acredita em manutenção dos juros e corte das taxas na próxima reunião, em dezembro. Mas já há os analistas mais otimistas que acreditam em corte da taxa Selic já nesta reunião de novembro, em função da queda do dólar e do preço do barril do petróleo no mercado internacional - duas variáveis que, quando estão em alta, pressionam a inflação, o que dificulta o recuo das taxas de juros. Hoje, no mercado de juros entre investidores, as taxas voltaram a cair. Os contratos de juros de DI a termo - que indicam a taxa prefixada para títulos com período de um ano - fecharam o dia pagando juros de 19,980% ao ano, frente a 20,520% ao ano ontem. A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) encerrou o dia em alta de 0,82% e o volume de negócios continuou elevado. Às 17h20, o giro era de R$ 672 milhões. O dólar comercial fechou no patamar máximo do dia, em R$ 2,5200 na ponta de venda dos negócios, mas ainda em baixa em relação aos últimos negócios de sexta-feira - queda de 0,32%. Argentina O índice Merval da Bolsa de Valores de Buenos Aires fechou em queda de 0,92%. A taxa de risco da Argentina voltou a bater novo recorde hoje, de 2.987 pontos-base. A operação de troca de títulos com juros mais elevados por papéis com taxas mais baixas foi iniciada hoje e envolve um total de US$ 60 bilhões. As propostas de adesão dos grandes investidores - bancos e fundos de pensão - serão recebidas pelo governo argentino até sexta-feira. Para os pequenos investidores, o prazo vai até 30 de novembro. Sem um novo apoio de órgãos financeiros internacionais e o não adiantamento da parcela de recursos do Fundo Monetário Internacional (FMI) prevista apenas para dezembro, crescem as desconfianças dos investidores sobre a possibilidade de uma ruptura do sistema cambial no país vizinho. O governo argentino vem negando veementemente a desvalorização do peso, mas este é o principal problema da economia argentina, segundo os analistas. Isso porque a paridade entre o peso e o dólar não é compatível com a produtividade argentina, ou seja, o país vizinho não tem custos suficientemente baixos para tornar a produção competitiva ao nível de câmbio atual. A dolarização seria uma alternativa mas, segundo os analistas, apenas paliativa, dado que a política monetária do país ficaria totalmente vinculada ao cenário norte-americano, o que poderia dificultar a retomada do crescimento econômico na Argentina. Mercados norte-americanos Às 18h15, nos Estados Unidos, o Dow Jones - Índice que mede a variação das ações mais negociadas na Bolsa de Nova York - operava com alta de 0,80%, e a Nasdaq - bolsa que negocia ações de empresas de alta tecnologia e informática em Nova York - registrava alta de 1,25%. Não deixe de ver no link abaixo as dicas de investimento, com as recomendações das principais instituições financeiras, incluindo indicações de carteira para as suas aplicações, de acordo com o perfil do investidor e prazo da aplicação. Confira ainda a tabela resumo financeiro com os principais dados do mercado.

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