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Mercados: tranqüilidade pode guiar negócios

No Brasil, os investidores continuam atentos à economia dos EUA e aos balanços das empresas norte-americanas. Em função da estabilidade que se percebe nesse cenário, os bons fundamentos da economia brasileira acabam prevalecendo.

Por Agencia Estado
Atualização:

O mercado financeiro deve ter um dia de poucas oscilações. O cenário externo é menos instável e os investidores no Brasil aproveitam o bom momento para guiar-se pela situação de equilíbrio da economia do País. A semana será interrompida na quinta-feira pelo feriado municipal em São Paulo. Nesse dia, os mercados de juros e câmbio podem até apresentar um pequeno volume de negócios. Na sexta-feira, os negócios serão retomados, mas a expectativa é de pequenos volumes. Nos Estados Unidos, as empresas norte-americanas continuam a divulgar seus balanços referentes ao último trimestre de 2000. Essa semana, espera-se números da Compaq, McDonald´s, Merrill Lynch e Coca Cola. Nas últimas semanas, os números não foram tão baixos, como os analistas já esperavam. Diante disso, os investidores têm reagido de forma positiva. Não se trata de uma melhora do cenário, mas sim de um quadro menos negativo em relação ao que se esperava. O ritmo do desaquecimento da economia dos EUA continua no centro das atenções dos analistas. Desde meados de 1999, o banco central norte-americano (FED) vem elevando as taxas de juros, com o objetivo de desaquecer a economia e conter os índices de inflação. A taxa passou de 4,75% ao ano para 6,5% ao ano. No início de janeiro, o FED alterou sua estratégia e iniciou um processo de corte de juros. A intenção é evitar um desaquecimento forte da economia. Com isso, a taxa já passou para 6,0% ao ano. O evento mais esperado pelos analistas nos próximos dias é a reunião do FED, que acontece no dia 31 de janeiro. A expectativa é de mais um corte de juros. As apostas divergem entre 0,25 ponto porcentual e 0,5 ponto porcentual. Até lá, o mercado financeiro estará atento aos sinais que podem revelar essa tendência. Na quinta-feira, o presidente do FED, Alan Greenspan, fará o seu primeiro pronunciamento desde o corte de 0,50 ponto porcentual na taxa. Também nesse dia, está prevista a divulgação nos Estados Unidos de mais um indicador econômico, o de custo de mão-de-obra. Vale lembrar que o impacto de cada corte de juros acontece após oito meses, aproximadamente. Em função disso, o primeiro semestre desse ano ainda pode trazer "surpresas" em relação ao desaquecimento da economia norte americana. Veja mais informações sobre as perspectivas para o mercado financeiro nessa semana e as dicas de investimento no link abaixo. Acompanhe a abertura do mercado financeiro hoje A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) opera em alta de 0,26%. O dólar comercial está cotado a R$ 1,9570 na ponta de venda dos negócios - queda de 0,05% em relação aos últimos negócios de ontem. Os contratos de juros de DI a termo - que indicam a taxa prefixada para títulos com período de um ano - começam o dia pagando juros de 15,830% ao ano, frente a 15,860% ao ano registrados na sexta-feira.

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