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Mercados tranqüilos e atentos à Argentina

Os mercados no Brasil começam o dia tranqüilos, com Bolsa em alta e dólar em queda, e atentos ao agravamento da situação argentina. O país vizinho teve que adotar medidas para garantir o pagamento de suas dívidas, mas é crescente a desconfiança dos investidores.

Por Agencia Estado
Atualização:

Atentos ao agravamento da crise argentina, os investidores no Brasil mantêm o otimismo e consolidam a recuperação dos ativos nos mercados. A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) começou o dia em alta e há pouco estava em alta de 0,46%. A Bolsa vem recuperando nos últimos dias a forte queda das ações registrada ao longo do ano. Nos últimos 30 dias, a alta acumulada é de 8,53%, mas no ano ainda registra uma baixa de 13,48%. A recuperação da Bolsa vem sendo motivada, principalmente, pela queda das cotações do dólar. Isso porque, com a moeda norte-americana em baixa, a pressão sobre os índices de inflação poderá diminuir, abrindo a possibilidade de que os juros recuem. Com taxas mais baixas, o investimento em ações fica mais atrativo e a perspectiva de retomada do crescimento econômico pode favorecer o resultado das empresas. Hoje o dólar comercial iniciou o dia cotado a R$ 2,4210 na ponta de venda dos negócios e às 11h25 era vendido a R$ 2,4260, em baixa de 0,45% em relação aos últimos negócios de ontem. Os contratos de juros de DI a termo - que indicam a taxa prefixada para títulos com período de um ano - pagam juros de 20,910% ao ano, frente a 21,150% ao ano ontem. Argentina continua no foco de atenções A crise no país vizinho está cada vez pior. Ontem o presidente Fernando De la Rúa estabeleceu um decreto que obriga os fundos de pensão a investir em títulos do governo, por um prazo de 120 dias, 90% dos recursos líquidos disponíveis no dia 30 de novembro. O objetivo do governo é conseguir recursos para pagar dívidas que vencem até o final deste ano, no total de US$ 2 bilhões. Para o pagamento destas dívidas, De la Rúa contava com o adiantamento da parcela de US$ 1,260 bilhão do acordo firmado com o Fundo Monetário Internacional (FMI) prevista para dezembro, mas já se sabe que estes recursos não virão. O mais provável é que esta parcela seja liberada apenas no próximo ano. Em um clima de total desconfiança por parte dos investidores, o volume das reservas internacionais argentinas vinha caindo de maneira significativa nos últimos dias. Entre quinta e sexta-feira da semana passada, as reservas internacionais líquidas perderam US$ 1,2 bilhão. O governo tenta criar condições para o sistema financeiro continuar operando. Com o pacote anunciado neste final de semana, o valor dos saques de dinheiro nos bancos ficou limitado a US$ 250 semanais por pessoa. Mas já se fala em um mercado paralelo na Argentina, em que cheques estariam sendo usados para comprar dólares nas casas de câmbio. Porém, para receber os dólares, o argentino estaria tendo que desembolsar mais pesos, ou seja, pelo menos neste mercado a paridade de um peso para um dólar já acabou. Investimentos Não deixe de ver no link abaixo as dicas de investimento, com as recomendações das principais instituições financeiras, incluindo indicações de carteira para as suas aplicações, de acordo com o perfil do investidor e prazo da aplicação. Confira ainda a tabela resumo financeiro com os principais dados do mercado.

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