PUBLICIDADE

Mercados tranqüilos fecham em queda

Com o título de leilão de papéis do governo, os juros e o dólar subiram. Houve resgate de parte dos títulos cambiais. A bolsa fechou em ligeira queda, com poucas oscilações. Os mercados prevêem estabilidade nos juros nos EUA e queda da Selic.

Por Agencia Estado
Atualização:

Hoje foi realizado leilão de títulos de papéis do governo, incluindo uma operação de resgate de títulos atrelados ao dólar. Com isso, a moeda norte-americana, que vinha registrando altas pequenas, mas consistentes, desde o início do mês, fechou em R$ 1,8060, com alta de 0,06%. Embora o dólar não tenha conseguido sustentar-se na mínima de R$ 1,7670, de 31 de julho, o mercado considera o patamar de R$ 1,80 adequado. Além disso, o presidente do Banco Central tem afirmado que as cotações não devem se elevar, a tendência seria predominantemente, de leve queda. Os juros fecharam em ligeira alta. Os contratos de juros de DI a termo - que indicam a taxa prefixada para títulos com período de um ano - pagavam juros de 16,900% ao ano, frente a 16,830% ao ano ontem. A explicação dada por operadores é que investidores que lucraram muito após vários dias de quedas expressivas optaram por vender seus papéis para embolsar o ganho, pressionando as taxas. De qualquer maneira, as expectativas para as reuniões da próxima terça-feira, do Fed - banco central dos EUA - (veja comentário abaixo) e do Conselho de Política Monetária (Copom) mantém-se otimistas. A Bovespa fechou em queda de 0,37%. Em parte, a queda deveu-se a pressões dos mercados de futuros. A Eletrobrás divulgou, depois do fechamento do pregão, seu balanço, com queda nos lucros. A Petrobras só divulgará seu balanço amanhã. De maneira geral, contudo, permanece a tendência de alta, com a estabilidade do cenário internacional e a conjuntura interna positiva, com juros em queda e crescimento econômico sem pressão inflacionária. No exterior, tranqüilidade em relação aos juros, mas preocupação com o petróleo Os mercados apostam que os juros nos Estados Unidos permanecerão inalterados até o final do ano. Como as eleições presidenciais estão próximas, essa é a última chance de que o governo norte-americano altere as taxas no ano, e a maior parte dos indicadores tem desencorajado uma aumento. Esse é um importante fator de estabilidade para os investidores. Amanhã será divulgado o CPI -Índice de Preços ao Consumidor. O petróleo, porém, é um fator de preocupação. Hoje, a matéria-prima voltou a sofrer altas, chegando a US$ 32,70 em Nova Iorque e US$ 32,15 em Londres, ambos para entregas em setembro. As atenções, agora, começam a se voltar para próxima reunião da Organização dos Países Produtores de Petróleo (Opep), que será realizada entre os dias 27 e 29 de setembro, em Caracas. Com isso, o Dow Jones - Índice que mede as ações mais negociadas na Bolsa de Nova Iorque - fechou em queda de 0,98%, e a Nasdaq - bolsa que negocia ações de empresas de alta tecnologia e informática em Nova Iorque - fechou praticamente estável, em pequena alta de 0,05%.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.