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Mercados tranqüilos na abertura dos negócios

Os mercado no Brasil mantêm o descolamento em relação à situação argentina. O dólar comercial começou o dia em queda e há pouco estava cotado a R$ 2,4300. A Bolsa de Valores de São Paulo opera com alta 1,43%. As taxas de juros estão em queda.

Por Agencia Estado
Atualização:

O descolamento entre a crise argentina e o mercado financeiro no Brasil vem ganhando consistência. O pacote argentino divulgado neste final de semana - o nono dentro do mandato do presidente Fernando De la Rúa - não provocou instabilidade nos mercados ontem. Na abertura dos negócios hoje, os investidores deram sinais de tranqüilidade, apesar das novas notícias negativas em relação ao país vizinho. A agência de classificação de risco Fitch anunciou ontem, após os fechamentos dos mercados, que rebaixou o rating (classificação) das emissões da Argentina de C para DDD, indicando que, na opinião da agência, o país entrou em default - leia-se calote da dívida - com a troca de títulos da dívida interna. Os papéis sujeitos à operação foram rebaixados de C para DD, indicando default e uma taxa de recuperação (pelos investidores) entre 50% e 90%. O dólar começou o dia em queda, cotado a R$ 2,4350 na ponta de venda dos negócios, e às 11h25 era vendido a R$ 2,4300, em baixa de 0,94% em relação aos últimos negócios de ontem. A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) opera com alta de 1,43%. Os contratos de juros de DI a termo - que indicam a taxa prefixada para títulos com período de um ano - pagam juros de 20,950% ao ano, frente a 21,340% ao ano ontem. No mercado de câmbio, os investidores estão otimistas diante dos resultados da balança comercial. A projeção é de que o saldo fique positivo em US$ 2 bilhões até o final de dezembro. No início do ano, a expectativa era de um saldo negativo de US$ 2 bilhões. Segundo relatório do Lloyds TSB, a combinação de desaceleração econômica interna e, principalmente, maior desvalorização do real são os motivos para este resultado. Em 2002, a expectativa do Lloyds TSB é de que a balança comercial encerre o ano com um superávit - exportações maiores que importações - em torno de US$ 5 bilhões. Nesta perspectiva, a instituição leva em conta a perspectiva de crescimento de 2,3% para o Brasil neste ano; a recuperação da economia mundial a partir do final do 2º trimestre de 2002, queda no preço do petróleo para perto de US$ 19 obarril e a manutenção da taxa de câmbio entre R$ 2,45 a R$ 2,50. Não deixe de ver no link abaixo as dicas de investimento, com as recomendações das principais instituições financeiras, incluindo indicações de carteira para as suas aplicações, de acordo com o perfil do investidor e prazo da aplicação. Confira ainda a tabela resumo financeiro com os principais dados do mercado.

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