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Mercados tranqüilos no fim de ano

A expectativa de solução do impasse eleitoral e de queda dos juros nos EUA, o provável anúncio do pacote do FMI para a Argentina e a manutenção dos preços do petróleo num patamar mais baixo tornam o fim de ano mais otimista.

Por Agencia Estado
Atualização:

Depois de um segundo semestre cheio de incertezas, o mercado parece estar encerrando o ano bem mais estável. Os principais fatores de instabilidade dão sinais de melhora e os investidores vêm atuando, desde a semana passada, com mais otimismo. Espera-se para hoje a aprovação do orçamento argentino de 2001, pré-condição para a aprovação do pacote de ajuda financeira multilateral para a Argentina. Com a aprovação do orçamento, a aprovação do pacote deve ser iminente. Além disso, com a perspectiva anunciada de queda nos juros norte-americanos, uma vez constatada a desaceleração da economia, as bolsas nos EUA operam com tendência de alta. A tendência é reforçada pelo possível desfecho hoje do impasse sucessório da Presidência do país. Faz mais de um mês que a eleição ocorreu e ainda não se conhece o nome do próximo presidente, embora as chances do candidato republicano, George W. Bush, o preferido do mercado, sejam cada vez maiores. Ontem a Organização dos Países Produtores de Petróleo (Opep) anunciou sua preocupação com o excesso de oferta do produto no primeiro trimestre do ano que vem. Com isso, já programa uma redução na produção para evitar uma queda muito abrupta dos preços. Reforçou, além disso, o mecanismo de bandas, pelo qual a produção é reduzida em 500 mil barris diários se os preços ficarem abaixo de US$ 22 por dez dias consecutivos. Enquanto duram o inverno no hemisfério norte e os impasses quanto às exportações iraquianas, os preços sobem. Os negócios com o petróleo bruto do tipo Brent para entrega em janeiro fecharam em alta de 3,69% em Londres, a US$ 27,54 por barril, ainda abaixo dos patamares vigentes até o final de novembro. De qualquer maneira, a melhora no cenário internacional e a queda da inflação brasileira estimulam os investidores brasileiros a apostarem numa queda nos juros internos. O Comitê de Política Monetária (Copom) realiza a última reunião mensal do ano para discutir o assunto dia 20, um dia depois da reunião do FED - banco central dos EUA - para discutir os juros norte-americanos.

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