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Mercedes-Benz anuncia que vai produzir ônibus elétricos no Brasil

Projeto está sendo conduzido por equipes na fábrica de São Bernardo do Campo, no ABC Paulista, com investimentos de R$ 100 milhões; vendas devem começar em 2022

Foto do author Eduardo Laguna
Por Eduardo Laguna (Broadcast)
Atualização:

Apresentado como primeiro passo da montadora no Brasil rumo à mobilidade elétrica, a Mercedes-Benz revelou nesta quarta-feira, 25, que está desenvolvendo chassis elétricos de ônibus para circulação em centros urbanos do País, além de mercados vizinhos do continente para onde a montadora pretende exportar a tecnologia.

Resultado de investimentos de R$ 100 milhões, que fazem parte do ciclo de R$ 2,4 bilhões da marca no País entre 2018 e 2022, o projeto está sendo conduzido por equipes da fábrica de São Bernardo do Campo (ABC Paulista), onde o veículo será produzido, com apoio de engenheiros da Daimler, dona da marca, na Alemanha, onde os protótipos já estão sendo testados. O plano é iniciar as vendas do produto no ano que vem. 

Mercedes Benz Foto: Nilton Fukuda/Estadão

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Durante o anúncio, Karl Deppen, presidente da operação brasileira da Mercedes-Benz, sustentou que a velocidade de introdução de novas tecnologias no País depende de investimentos em infraestrutura, como postos de recarga das baterias.

"Para que os benefícios tecnológicos aplicados à mobilidade urbana sejam agregados ao desenvolvimento social e econômico das cidades, é imprescindível que o Brasil e a América Latina também preparem a sua infraestrutura para a operação dos veículos elétricos", comentou Deppen.

Começando pelos ônibus

Segundo Roberto Leoncini, vice-presidente de vendas e marketing da montadora, a Mercedes preferiu fazer a eletrificação primeiro dos ônibus porque o veículo coletivo urbano tem menos restrições do que os caminhões, onde a falta de uma rede de recargas nacional torna inviável o uso da tecnologia em longas distâncias. 

A bateria do ônibus elétrico a ser lançado pela Mercedes permite ao veículo rodar 250 quilômetros sem necessidade de recarga. "A gente optou por começar com chassis de ônibus urbanos por impactar mais pessoas e a sociedade do que o caminhão elétrico, que tem restrições de infraestrutura para operação", afirmou o executivo. "Caminhão (elétrico) vem na hora certa, é outra discussão que vamos ter no futuro", acrescentou.

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