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Mercosul apresenta domingo proposta para negociar Alca

Por Agencia Estado
Atualização:

O Mercosul apresenta domingo, na cidade do Panamá, a oferta de abertura do comércio de bens agrícolas e industriais para a Área de Livre Comércio das Américas (Alca). O conteúdo foi mantido sob sigilo pelos técnicos e negociadores que participaram da elaboração do documento e somente será detalhado pelo Itamaraty na segunda-feira. A tática do silêncio responde à constatação de que a oferta do Mercosul será mais tímida que a imaginada inicialmente. De um lado, esse perfil deve-se ao sinal de que a proposta dos Estados Unidos seguirá a mesma linha conservadora. De outro, é conseqüência da falta de sintonia entre os quatro sócios sobre uma estratégia mais agressiva. A equipe de diplomatas responsáveis pela entrega da proposta do Mercosul - e por receber as ofertas de todos os demais parceiros da Alca, especialmente a dos Estados Unidos - embarcou hoje para o Panamá. Nos documentos que carregaram, o Mercosul conseguiu a duras penas inscrever todos os 9.621 itens tarifários importados pelo bloco. A perspectiva é de que uma parcela expressiva de itens tenha um período de redução gradual de tarifas de 10 a 15 anos, a partir da assinatura do acordo final - algo que os caracterizará como "sensíveis". Nessa lista deverão estar inscritos os produtos agrícolas cuja produção ou exportação é subsidiada pelos Estados Unidos e itens dos setores eletroeletrônicos e químicos. Para os demais produtos, a chamada desgravação poderá ser imediata, em cinco anos ou em dez anos. Para a proposta de abertura do comércio de bens, que é a parcela da Alca que realmente interessa ao Mercosul, os quatro sócios concordaram em apresentar um único documento, que vem sendo negociado internamente desde o fim do ano passado.

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