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Mercosul assina tratado de livre-comércio com Israel

Acordo, o primeiro internacional assinado pelo bloco, é o prenúncio de outros, segundo Celso Amorim

Por Marina Guimarães e da Agência Estado
Atualização:

O Mercosul assinou nesta terça-feira, 18, um tratado de livre-comércio com Israel, o primeiro deste tipo que o bloco integrado por Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai assina com um país de fora da América Latina.   Na avaliação do ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, o acordo promete ser o prenúncio de outros. "Se nós conseguimos fazer um acordo com Israel, um país distante, mais ou menos desenvolvido, do Oriente Médio, por que não vamos conseguir fazer com muitos outros, como com os países do Golfo, da África do Sul, com a Índia?", disse Amorim em entrevista aos jornalistas brasileiros na capital uruguaia.   Para o chanceler, o TLC com Israel "demonstra que ao contrário do sentimento auto-flagelador que existe aqui, há uma grande procura pelo Mercosul. Vários querem fazer acordo com o Mercosul", disse, em referência às desavenças que ocorrem dentro do bloco.Amorim afirmou ainda que o acordo é uma mostra de que o Mercosul "é aberto para o mundo".   O TLC foi assinado pelo vice-ministro de Indústria, Comercio e Trabajo de Israel, Eliahu Yishai, e os chanceleres da Argentina, Jorge Taiana, do Brasil, Celso Amorim, do Uruguai, Reinaldo Gargajo, e do Paraguai, Rubén Ramírez Lezcano.   A assinatura do acordo é o principal resultado da reunião da cúpula dos presidentes do bloco e abarca 97% do comércio do lado do Mercosul e 95% do lado de Israel, com um calendário de desoneração em quatro fases: 4, 8 e 10 anos.   Segundo dados do Bureau Central de Estadísticas de Israel, nos primeiros 10 meses deste ano, os quatro sócios do Mercosul exportaram ao pais do meio oriente US$ 460,2 milhões, com uma alta de 22% anual, e importaram desse país US$ 653 milhões, 40% mais que em igual período de 2006.

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