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Mercosul deve levar oferta à UE até junho

Por BRASÍLIA
Atualização:

Os países do Mercosul devem apresentar até o início de junho as ofertas de redução de tarifas de importação para a União Europeia. Esse passo, defendido entusiasticamente pelo governo brasileiro, será decisivo para iniciar as negociações entre os dois blocos de países para um acordo de livre-comércio.De acordo com o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Mauro Borges, o governo Dilma Rousseff está costurando com a Argentina uma oferta comum do Mercosul, que será "bastante competitiva". O Mercosul conta também com Uruguai, Paraguai e Venezuela."Estou bastante otimista com o resultado das reuniões das duas equipes técnicas", afirmou Borges, em referência ao encontro que técnicos de Brasil e Argentina terão na próxima sexta-feira na Costa do Sauipe, na Bahia.Segundo Borges, que acumula o ministério com a presidência da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), a União Europeia já sinalizou ao governo brasileiro que tem grande interesse em fechar um acordo de livre-comércio. "Foi reafirmado o interesse europeu. Temos de acreditar que os dois lados querem um acordo dessa magnitude", disse Borges, que ontem recebeu jornalistas na sede do ministério, em Brasília.Conversas. Iniciado em 2000 e interrompida seis anos depois por falta de avanços concretos, o acordo de livre-comércio entre o Mercosul e a União Europeia voltou à pauta no ano passado. Desde o início, os técnicos do Ministério do Desenvolvimento e do Itamaraty têm se esforçado para envolver nas discussões a Argentina, em primeiro lugar, e os demais sócios do bloco. Os negociadores brasileiros temem que as dificuldades econômicas enfrentadas pela Argentina e, principalmente, pela Venezuela, possam atrasar todo o processo. A atenção maior se dá com a Argentina, que é o segundo maior sócio do Mercosul, depois do Brasil, e conta com grande poder político. / J.V., M.Z. e R.V.

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