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Mercosul não avança em fim da bitributação, diz uruguaio

Por MARINA GUIMARÃES
Atualização:

Os chanceleres e ministros de Economia e Fazenda do Mercosul não puderam avançar em pontos-chave para reduzir as assimetrias entre os países do bloco regional durante a Cúpula do Mercosul, segundo balanço do chanceler uruguaio Reinaldo Gargano. "O Código aduaneiro e tudo o que o envolve, como o fim da dupla tributação, ficará para dezembro de 2008", informou o chanceler, completando que a data está dentro do cronograma previsto pelo Conselho do Mercosul, composto pelos ministros. Gargano disse que o assunto "é complicado porque envolve muito dinheiro", já que os Estados que hoje arrecadam com estas tributações vão perder receita. Por outro lado, segundo o ministro da Fazenda do Brasil, Guido Mantega, "a eliminação da bitributação é uma forma de acabar com as assimetrias porque haverá uma redistribuição" dos tributos. "Eu acho que o grande feito do Mercosul será a eliminação da bitributação, porque vai de fato estabelecer uma zona aduaneira comum, como existe na União Européia, e depois fazer uma divisão das arrecadações, que vai beneficiar os países menos desenvolvidos, e isso vai combater as assimetrias", disse Mantega ontem à noite.

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