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Merrill deixa crédito hipotecário de risco e corta 650 empregos

Por JONATHAN STEM
Atualização:

O Merrill Lynch vai eliminar 650 empregos ao decidir parar de fazer financiamentos imobiliários de risco elevado por meio da unidade First Franklin Financial Corp. O Merrill afirmou que está deixando o ramo de financiamentos de risco elevado, por conta da deterioração do mercado de hipotecas de residências concedidas a pessoas com um fraco histórico de crédito. O banco de investimentos afirmou que tentará vender a Home Loan Services, unidade do First Franklin que lida com cobrança. O Merril espera incorrer em 60 milhões de dólares em cobranças relacionadas ao First Franklin, pricipalmente por pagamentos de desligamento e fechamento de escritórios, com cerca de metade da quantia no primeiro trimestre. As ofertas pela Home Loan Services devem ser solicitadas pelo banco nas próximas semanas. O Merril havia comprado o First Franklin e parte de seu portfólio de empréstimos da National City Corp, por 1,3 bilhão de dólares em dezembro de 2006. O legado do First Franklin segue um prejuízo de 9,83 bilhões de dólares do Merrill no quarto trimestre, o pior trimestre em seus 94 anos de história, refletindo cerca de 16 bilhões de dólares em baixas contábeis relacionadas a hipotecas subprime e ajustes. O ex-presidente-executivo do Merrill, Stanley O'Neal, esperava que o First Franklin oferecesse ao banco um fluxo de empréstimos imobiliários que o Merrill pudesse englobar e vender como securities. Mas esse plano ruiu com a queda no preço das moradias nos Estados Unidos e investidores parando de adquirir empréstimos imobiliários que não considerassem mais seguros. O'Neal foi afastado do cargo de presidente-executo em outubro, e subtituído por John Thain, ex-presidente da NYSE Euronext . Dúzias de credores hipotecários fecharam ou reduziram seu pessoal nos últimos meses por conta dos problemas no mercado imobiliário. Três outros grandes de Wall Street --Bear Stearns, Lehman Brothers Holdings e Morgan Stanley -- também anunciaram cortes de empregos relacionados aos problemas com hipotecas nos últimos meses. Bill Halldin, porta-voz do Merrill, afirmou que os primeiros cortes serão feitos este mês.

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