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Merrill Lynch aponta queda na aversão ao risco

Por Agencia Estado
Atualização:

O diretor de pesquisa e estratégia de renda fixa para mercados emergentes da Merrill Lynch, Tulio Vera, disse que o sentimento de aversão a risco dos investidores começou a cair e as condições nos mercados globais melhoraram. "No entanto, ainda há muito ceticismo e os níveis absolutos de aversão a risco ainda estão elevados", ressaltou Vera. Ele ilustra esse início de queda de aversão a risco com o fato de que os títulos do Tesouro norte-americano de 10 anos tiveram uma alta no seu retorno (o que representa queda no preço) e as ações norte-americanas subiram entre 10% a 15% nas últimas duas semanas. Vera observou que as duas últimas sessões de negócios, contudo, mostraram a resistência do mercado de dívida de emergentes. "O mercado de dívida de emergentes tiveram alta apesar da realização de lucros registrada nos mercados globais após duas semanas de valorização", comentou. Além disso, Vera citou alguns fatores positivos que vêm sendo observado no mercado de dívida de emergentes: o prêmio de risco soberano que permanece elevado (embora não se reflita em todos os países deste mercado); o período de incertezas eleitorais que está se dissipando; e as condições técnicas e sazonais que dão suporte aos preços. "O maior risco a esse cenário, na nossa opinião, é que haja novas evidências que apontem para uma recuperação mais lenta da economia dos Estados Unidos (via mercado de trabalho e confiança dos consumidores), o que possa levar a uma nova tendência de baixa no mercado de ações globais e uma nova alta do sentimento de aversão a risco", explicou o analista da Merrill Lynch. No entanto, com base nessa visão mais construtiva do cenário externo, com o início da queda de aversão a risco, Vera decidiu reduzir a posição em "cash" (dinheiro, caixa) no seu portfolio recomendado de dívidas de países emergentes de 5% ("marketweight") para 3% ("underweight"), ou seja, elevando a sua exposição ao mercado de dívida de emergentes.

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