PUBLICIDADE

Mesmo com decisão do TRT, empregados da Eletrobrás permanecem em greve

Cerca de 40% dos empregados da estatal decidiram permanecer em greve, apesar da decisão do tribunal de cobrar multa de R$ 100 mil diários se pelo menos 75% do quadro não estiver trabalhando

Por Denise Luna (Broadcast)
Atualização:

RIO - Cerca de 40% dos empregados da Eletrobrás decidiram permanecer em greve nesta quarta-feira, 13, apesar da decisão do presidente do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) de considerar a greve de 72 horas iniciada no dia 11 ilegal e cobrar multa de R$ 100 mil diários se pelo menos 75% do quadro não estiver trabalhando.

+ Com aumento de tarifa, governo tenta solução para retomar obras de Angra 3

Cerca de 40% dos empregados da Eletrobrás decidiram permanecer em greve, apesar da decisão do TRT. Foto: Marcos de Paula/ Estadão

PUBLICIDADE

+ Petroleiros preparam nova greve e dizem que podem 'parar o Brasil'

De acordo com o Coletivo Nacional do Eletricitários (CNE), os próprios empregados decidiram continuar mobilizados pelo prazo de 72 horas, que termina nesta quarta-feira conforme previsto desde o início.

A decisão foi tomada a partir de assembleias realizadas em cada uma das sedes da holding e suas subsidiárias. A maior parte das unidades regionais das empresas de geração e transmissão da Eletrobrás (Furnas, Eletronorte, Chesf e Eletrosul) permanecem em greve, informou o CNE em nota.

O CNE informou que não há piquetes na porta das empresas, e por este motivo o sindicato não poderá ser acusado de impedir o acesso ao trabalho, não cabendo desta maneira a aplicação de multa se não houver o efetivo determinado pela Justiça na operação.

Na avaliação do diretor da Associação dos Empregados da Eletrobrás (Aeel) Emanuel Mendes, que apoia a continuidade da greve, a revolta contra a privatização da empresa e a permanência do presidente Wilson Ferreira Jr motivou a divisão de decisões em algumas unidades.

Publicidade

A categoria prepara uma greve por tempo indeterminado a partir do dia 25, em protesto contra a perda de benefícios no Acordo Coletivo de Trabalho (ACT).

Mendes e outros sindicalistas se reuniram na terça-feira com o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, que garantiu a eles que não há mais tempo este ano para privatizar a Eletrobrás, mas que o governo e os parlamentares querem tentar aprovar pelo menos a venda das seis distribuidoras deficitárias da empresa.

"Ele propôs um acordo para tentar vender as seis distribuidoras, mas deixamos claro que queremos participar de todo o processo, discutir como será feita a venda, e não do jeito que estão fazendo. Eles ficaram de falar com a oposição para tentar destravar essa venda", disse Mendes.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.