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Mesmo com mudança, poupança continua atrativa, diz CEF

Medida não reduzirá a rentabilidade líquida da caderneta, diz superintendente

Por Agencia Estado
Atualização:

A caderneta de poupança permanece um investimento atrativo, mesmo após as mudanças na fórmula de cálculo da Taxa Referencial (TR), afirmou nesta segunda-feira o superintendente nacional de Serviços e Captação de Caixa Econômica Federal (CEF), Roberto Derziê. A medida, disse, não reduzirá a rentabilidade líquida da caderneta, que deverá se manter na faixa de 65% do CDI - indicador de referência do mercado. "A poupança não voltará a ser o patinho feio dos investimentos", disse. O superintendente classificou as alterações determinadas pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) como um "ajuste fino", que deverá equilibrar o fluxo de recursos entre as aplicações financeiras. Como a poupança tem isenção de imposto de renda, um patamar de retorno mais elevado poderia levar a uma entrada excessiva e até mesmo especulativa de capital, observou. Os bancos também teriam problemas com uma expansão muito grande dos depósitos da poupança, pois são obrigados a destinar parte dos recursos ao financiamento imobiliário, de acordo com Derziê. O executivo afirmou que as mudanças trazem impacto positivo também para os mutuários. "Se a TR se mantivesse nos padrões anteriores, a taxa assumiria uma proporção muito elevada em relação ao indexador das prestações da casa própria". A medida do CMN não afetou as projeções de captação do banco. Nos primeiros dois meses do ano, a Caixa registrou uma entrada de R$ 1,1 bilhão na poupança, ritmo que deve ser reduzido nos próximos meses em razão de fatores sazonais, segundo Derziê. "O cenário continua promissor, tanto que mantivemos nossa projeção de aplicar até R$ 4 bilhões em habitação com recursos da poupança", acrescentou.

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