24 de novembro de 2009 | 15h00
Mesquita destacou que da crise financeira internacional podem ser extraídas várias lições. Uma delas é que o aumento da proteção dos agentes financeiros passe, essencialmente, pelo incremento da supervisão das autoridades oficiais. Ele destacou que o monitoramento do setor corporativo pode ser aperfeiçoado sem a "extensão do perímetro regulatório do Banco Central". Contudo, ele afirmou para executivos financeiros que isso não se aplica aos fundos de investimentos. O diretor do BC destacou que "esses veículos" respondem por um patrimônio líquido superior a R$ 1 trilhão, cerca de 40% do PIB, possuem ampla disseminação junto à sociedade e são oferecidos como parte da "cesta padrão" de produtos dos maiores conglomerados financeiros que atuam no País, liderados em geral por bancos.
"Parece pouco plausível que problemas severos em fundos, associados a conglomerados financeiros, não sejam refletidos nas entidades coligadas, inclusive no que se refere a instituições depositárias", comentou Mário Mesquita. Neste contexto, ele advogou a tese de que a autoridade monetária deve também supervisionar os fundos de investimentos, tarefa hoje exclusiva da CVM, vinculada diretamente ao Ministério da Fazenda.
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