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Meta de redução da pobreza está em risco, adverte Banco Mundial

Por Agencia Estado
Atualização:

O presidente do Banco Mundial, James Wolfensohn, advertiu que, apesar dos progressos feitos nas duas últimas décadas na redução da pobreza, especialmente na China e na Índia, a maioria dos países não atingirá as metas de desenvolvimento do milênio, proclamadas em setembro de 2000 pelos líderes de 189 países membros das Nações Unidas. A advertência foi feita hoje perante o Comitê de Desenvolvimento, o órgão deliberativo do Banco Mundial. Segundo ele, o não cumprimento das metas deve acontecer se continuarem as atuais tendências de estagnação da ajuda oficial ao desenvolvimento e das discussões sobre a liberalização do comércio e eliminação de subsídios agrícolas dos países ricos. As metas do milênio compreendem dezoito objetivos específicos. O mais importante é a redução pela metade até 2015, em cada país, da pobreza que existia em 1990. Neste domingo, o Comitê Financeiro Internacional (IMFC), que tem as mesma atribuições no FMI, reiterou "a importância da abertura dos mercados para apoiar o crescimento econômico de bases amplas e a prosperidade global" e conclamou "todos os países a fazer esforços construtivos e determinados para alcançar um rápido progresso na Rodada de Doha (da Organização Mundial de Comércio)", focalizando em questões de acesso e "na redução de subsídios distorcivos ao comércio, especialmente em agricultura". Novos impostos não têm respaldo O IMFC aplaudiu também a continuação das discussões para a criação de um novo mecanismo de financiamento dos países mais pobres, através de um sistema de doações, proposto pela Inglaterra, que poderá elevar a ajuda oficial internacional para US$ 100 bilhões - o montante considerado necessário para financiar os programas que permitirão aos países pobres, sobretudo da África ao sul do Saara, atingir os objetivos de desenvolvimento do milênio até 2015. Programas baseados em novos impostos, como o fundo mundial contra a fome, proposto no ano passado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, não encontraram respaldo nas reuniões preparatórias ao IMFC e foram abandonadas pelo próprio governo brasileiro, em favor do plano inglês. Otimismo na reunião do G7 O comunicado do IMFC refletiu o otimismo dos ministros de Finanças e os presidentes de bancos centrais dos países do G-7 (grupo dos sete países mais ricos do mundo) sobre as perspectivas da economia mundial. As perspectivas são otimistas, apesar de riscos como os altos preços do petróleo ou instabilidade no Oriente Médio. A reunião dos ministros do G-7 foi realizada antes do encontro do IMFC, que é o órgão deliberativo do Monetário Internacional.

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