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Metade do Ibovespa tem ao menos um terço da dívida em dólar

Gol, B2W, Votorantim, Gerdau e Perdigão têm a maior exposição ao câmbio entre as empresas não-financeiras

Por Cesar Bianconi e da Agência Estado
Atualização:

Cerca de metade das empresas não-financeiras que têm ações no Ibovespa possui pelo menos um terço de suas dívidas em moeda estrangeira, segundo levantamento da Economática a pedido da Agência Estado. O estudo leva em conta os dados do encerramento de junho, já que muitas das empresas listadas na Bolsa ainda não divulgaram seus números referentes ao terceiro trimestre.   Veja também: Maioria das empresas da Bolsa apostou na alta do real Maior perda com câmbio no 3º trimestre é da Aracruz Oito balanços de empresas informam que não há derivativos Eletrobrás iniciou operação com derivativos de câmbio em 2008 Lições de 29 A crise de 29 na memória de José Mindlin Consultor responde a dúvidas sobre crise   Como o mundo reage à crise  Entenda a disparada do dólar e seus efeitos Especialistas dão dicas de como agir no meio da crise Dicionário da crise    Os dados mostram que Gol (com 94,8% do endividamento em moeda estrangeira), B2W (93,9%), VCP (84,1%), Gerdau (80,8%) e Perdigão (74,5%) são as que apresentam maior exposição às flutuações do câmbio sobre seus empréstimos e financiamentos. Todas elas, exceto a siderúrgica, que não informa com clareza se possui derivativos, têm algum tipo de instrumento financeiro relacionado ao câmbio, a maioria swaps de moedas e juros.   Segundo os números compilados pela Economática, sete das empresas não-financeiras do Ibovespa não possuem endividamento em moeda estrangeira. São elas: Celesc, Cyrela, Rossi Residencial, Companhia de Transmissão Paulista (Cteep), Lojas Renner, Gafisa e TIM Participações. Entre elas, as três primeiras não tinham, no final de junho, instrumentos derivativos em aberto.   A questão cambial passou a chamar mais a atenção no meio empresarial brasileiro em 2002, quando a crise de confiança do investidor estrangeiro às vésperas das eleições presidenciais fez o dólar alcançar os R$ 4. Várias empresas, sobretudo as intensivas em capital e com parte relevante da dívida em moeda estrangeira, enfrentaram dificuldades para pagar juros e honrar os vencimentos na ocasião, motivando a venda de ativos ou reestruturação dos negócios.

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