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Metalúrgicos da Força ameaçam greve no dia 3

Em negociação realizada na última terça-feira, os sindicatos rejeitaram as propostas de reajuste salarial feitas pelos grupos 3 (referente ao setor de autopeças) e 9 (máquinas, eletrônicos, e outros), de 7,2% e 7%, respectivamente.

Por Agencia Estado
Atualização:

Os metalúrgicos ligados à Força Sindical poderão entrar em greve no próximo dia 3 de novembro, caso não recebam até o dia 31 deste mês uma proposta patronal satisfatória para a campanha salarial que está em andamento. A decisão foi tomada durante plenária realizada hoje pela Confederação Nacional dos Metalúrgicos (CNTM) e pretende pressionar empresários a atenderem o pedido de reajuste de no mínimo 9% antes da realização da assembléia da categoria, marcada para o próximo dia 1º. Em negociação realizada na última terça-feira, os sindicatos rejeitaram as propostas de reajuste salarial feitas pelos grupos 3 (referente ao setor de autopeças) e 9 (máquinas, eletrônicos, e outros), de 7,2% e 7%, respectivamente. Novas propostas Novas propostas poderão surgir em duas reuniões, marcadas para os dias 28 e 31, onde serão negociadas respectivamente as situações de cada um desses grupos. No que se refere a cláusulas sociais, os grupos 3 e 9 concordaram em renovar todas as cláusulas por dois anos. Também no dia 28, os sindicatos se reúnem com o Grupo 10 (que inclui a Fiesp), que ainda não apresentou nenhuma contraproposta. De acordo com o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo, Eleno Bezerra, a plenária também determinou que a greve ocorrerá por setor de atividade. A paralisação de um determinado segmento da categoria será definida também no dia 1º, dependendo das propostas que forem apresentadas até lá. A assembléia será realizada às 19h, na sede do sindicato, na capital paulista. "Nós já fizemos nossas contrapropostas. Agora depende apenas deles", disse Bezerra, ressaltando que o sindicato tem feito o necessário para assegurar um resultado para as negociações. Segundo ele, o argumento do empresariado para concessão de um aumento na faixa de 7% se apóia nas previsões de crescimento econômico inferior para este ano, na comparação com 2004. A plenária de hoje também escolheu a nova diretoria da CNTM. Bezerra foi eleito presidente nacional da entidade e será empossado no dia 14 de dezembro.

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