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Metalúrgicos do PR rejeitam nova proposta e mantêm greve

Os trabalhadores pedem 5% de aumento real e 2,85% de reajuste salarial correspondente à inflação dos últimos 12 meses pelo INPC

Por Agencia Estado
Atualização:

Os trabalhadores da Volkswagen/Audi, Renault e Volvo rejeitaram nesta sexta-feira, em assembléias nas fábricas do Paraná, nova proposta de reajuste salarial de 4,19% em setembro, 0,78% em março de 2007 e vale-mercado de R$ 400,00, informou o Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba (SMC). De acordo com a entidade, a proposta foi apresentada na quinta à noite pelo Sindicato Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Sinfavea). O sindicato patronal informou, por meio de sua assessoria, que não comentaria negociações em andamento. Com isso, os metalúrgicos mantêm a paralisação que começou na quarta-feira, até novas assembléias na manhã de segunda, dia 25, informou o SMC. Os trabalhadores pedem 5% de aumento real e 2,85% de reajuste salarial correspondente à inflação dos últimos 12 meses pelo INPC. A Renault informou que deixaram de ser fabricados 748 veículos nos dois últimos dias, dos quais 108 utilitários e 640 de passeio. A companhia tem três unidades no Paraná, sendo uma de veículos de passeio, outra de utilitários com a Nissan, e outra de motores, com um total de 3,1 mil funcionários - incluindo pessoal administrativo. Além dos automóveis, deixaram de ser produzidos 800 motores nos dois dias de paralisação, dos quais 60% são exportados. A Volkswagen, por sua vez, divulgou que fabrica 810 veículos por dia no Paraná, onde tem 3,6 mil funcionários. Por ser de curta duração, o protesto dos metalúrgicos não impacta o consumidor final nem as exportações, conforme a montadora. O Paraná representou, no ano passado, 12,6% da produção nacional de 2,5 milhões de veículos, ficando em terceiro lugar entre os principais fabricantes. São Paulo (45,8%) e Minas Gerais (20,2%) lideraram a produção.

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