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Metalúrgicos mantêm paralisação na GM de São José 'até proposta satisfatória'

Trabalhadores da montadora consideraram o PLR, que totaliza R$ 12,7 mil, muito abaixo do valor oferecido em 2014, de R$ 16,3 mil

Por Mário Braga
Atualização:

O sindicato dos metalúrgicos de São José dos Campos afirmou que a paralisação dos 5 mil trabalhadores da General Motors (GM) na cidade do interior de São Paulo seguirá por tempo indeterminado até que a companhia apresente uma proposta para a segunda parcela da Participação nos Lucros e Resultados (PLR) que seja considerada "satisfatória" pela categoria.

"Continuamos parados e aguardamos uma posição da empresa", afirmou o secretário-geral do sindicato da categoria na cidade, Renato de Almeida.

GMcitou em nota o encolhimento de 26% do mercado brasileiro de veículos Foto:

Os funcionários da GM na cidade iniciaram a paralisação na segunda-feira, 18, após rejeitarem em assembleia a proposta de R$ 4.250 para a segunda parcela da PLR de 2015. Em julho do ano passado, eles receberam R$ 8.500 referentes à primeira parte do benefício. Em reunião entre sindicalistas e representantes da empresa ainda na segunda-feira, a oferta foi elevada para R$ 5.000, valor novamente rejeitado pela categoria. De acordo com Almeida, os metalúrgicos almejam receber R$ 7.000 na segunda etapa do PLR, para que o benefício do ano passado totalize R$ 15.000. Um valor abaixo deste é considerado "muito inferior" ao pago em 2014, quando ficou em R$ 16.300, segundo representantes dos trabalhadores. Procurada, a GM não quis se manifestar. Na segunda-feira, ao comentar a paralisação, a montadora citou em nota o encolhimento de 26% do mercado brasileiro de veículos como fator que "aprofunda ainda mais a deterioração da posição financeira da companhia".

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