Há um mês, o empreendedor de Blumenau Silvano Spierss publicou um “vídeo-desabafo” no YouTube. Depois de um ano, iria fechar seu e-commerce de cervejas artesanais de Santa Catarina, chamado O Caneco.
“Eu teria de contratar mais uma pessoa só para a parte burocrática, o que tornou meu negócio inviável, pois nossa margem líquida não passa de 8%”, diz. “Com o Simples, eu pagava um imposto geral de 2,75%. Isso iria aumentar muito e eu teria de repassar para o consumidor.”
A saída foi vender o estoque de 25 mil garrafas a preço de custo. “Estou reinvestindo num blog de cerveja artesanal. A gente tem de buscar saídas.”
A mudança também afetou o negócio de Edson Brusque, de 44 anos. Em seu site CelestionShop, que vende alto-falantes importados para guitarristas, consta a frase “Vendas para fora de SC suspensas devido à nova lei do ICMS”. Essas vendas representavam 90% do seu faturamento.
“Além da burocracia absurda, eu teria de aumentar o preço dos meus produtos em 20% só para compensar essa diferença do ICMS. Minhas vendas iriam parar, ainda mais com essa crise.”