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México e Europa ampliam acordo e elogiam sucesso bilateral

O primeiro-ministro Aznar lembrou que as exportações mexicanas ao mercado europeu cresceram 44,1%, enquanto as vendas européias ao México mostraram um incremento de 23,1%.

Por Agencia Estado
Atualização:

O México e a União Européia decidiram ampliar a liberalização de seu intercâmbio comercial, no âmbito do acordo de livre comércio que foi assinado há cerca de dois anos. Os dois países vão acelerar a redução de suas tarifas de importação a partir do dia 20 deste mês. A União Européia eliminará, por exemplo, a alíquota de 3,5% para automóveis, produtos químicos e bicicletas. Essa alíqutoa deveria cair somente em 2003. Isso significa que o acordo será antecipado em sete meses. O México, por sua vez, vai antecipar em cinco anos, de 2007 para 2002, a eliminação de tarifas de 8% para autopeças, produtos químicos e pilhas, entre outros. A antecipação dessas metas deve ampliar ainda mais o comércio bilateral, que, em apenas 18 meses, desde a assinatura do acordo de livre comércio, já cresceu 28,6%. O primeiro-ministro e presidente da União Européia, José Maria Aznar, elogiou os resultados obtidos até agora desde a assinatura do Acordo de livre comércio com o México. De acordo com ele, as exportações mexicanas ao mercado europeu cresceram 44,1% nesse período, enquanto as vendas européias ao México mostraram um incremento de 23,1%. Os europeus também devem ampliar seus investimentos no México, principalmente nos setores de telecomunicações e energia. As duas áreas, segundo a Comissão Européia, têm um potencial de pelo menos US$ 75 bilhões nos próximos dez anos. A Europa exige, no entanto, reformas que permitam uma sensível redução do monopólio nesses segmentos, como no caso da Telmex na área de telecomunicações e da Pemex na de petróleo. O presidente Vicente Fox se comprometeu a implementar mecanismos para evitar que os investimentos, principalmente na exploração, distribuição e comercialização de gás não fiquem travados. A Comissão Européia, órgão executivo da UE, estima que o setor de telecomunicações demanda pelo menos US$ 5 bilhões, enquanto o setor elétrico requer cerca de US$ 50 bilhões nos próximos dez anos e a produção de petróleo, US$ 20 bilhões. O presidente mexicano citou como exemplo do avanço nas relações entre a União Européia e a América Latina o acordo assinado na sexta feira entre a UE e o governo chileno. "O Chile se soma a esse processo e, o México, assume cada vez mais seu compromisso com a globalização", disse na entrevista à imprensa. Espanha Os investimentos espanhóis na América Latina caíram 84,43% no ano passado, principalmente na Argentina e Bolívia, onde as companhias espanholas desinvestiram 923 milhões de euros e US$ 16 milhões de euros, respectivamente. No México e no Brasil o fluxo de capital espanhol não foi interrompido e somaram cifras ainda consideráveis, de 1,453 bilhão de euros e 1,4 bilhão de euros, respectivamente. Comparado com 1996, quando a América Latina absorveu 65,6% dos investimentos espanhóis no mundo, a diferença é gritante. Em 2001 o fluxo para a região foi de apenas 10% de tudo que a Espanha investiu no exterior. Entre as principais razões dessa retração, de acordo com o governo espanhol, estão a desaceleração da economia mundial e a crise argentina.

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