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México toma medidas para compensar alta de alimentos

Por Patricia Lara
Atualização:

O presidente do México, Felipe Calderón, anunciou uma série de medidas para proteger as famílias do país, especialmente as de baixa renda, da alta internacional dos preços dos alimentos. O governo mexicano lançou o plano de apoio alimentar "Vivir Mejor", que dará um complemento em dinheiro para 5,3 milhões de lares inscritos em um programa social federal, o que significa dar assistência a cerca de 26 milhões de mexicanos. "A média dos recursos em dinheiro que cada família inscrita no ''Programa Oportunidades'' vai receber passará de 535 para 655 pesos mensais. Isso representa um investimento de 4,5 milhões de pesos só este ano", declarou Calderón, em pronunciamento feito ontem à noite na TV. O aumento significa um bônus de 120 pesos ou US$ 11,55 por mês para os participantes do programa social. "O apoio alimentar ''Vivir Mejor'' é um esforço para ajudar as famílias, para que possam seguir comprando e não tenham de sacrificar outros gastos importantes, como a educação e a saúde." Calderón reiterou ainda que todos os impostos para a importação de trigo, arroz, milho branco ou amarelo serão eliminados e também serão reduzidos pela metade os impostos de importação do leite em pó. Essas medidas já tinham sido anunciadas no domingo (dia 25). O governo vai criar ainda uma cota sem pagamento de tarifas de importação para o feijão. "O objetivo é que estes impostos não repercutam nos preços dos alimentos", afirmou Calderón. "Para apoiar os criadores de gado e de vacas leiteiras, além de produtores de frango e ovos, estamos eliminando a tarifa para a importação do sorgo e da pasta de soja, que são produtos importantes para alimentação do gado e de aves", afirmou. Com o intuito de garantir condições adequadas para produção de alimentos, o governo eliminou impostos para fertilizantes e produtos químicos para fabricação desses produtos, além de oferecer crédito para que os pequenos produtores possam adquirir fertilizantes. "E, finalmente, com o objetivo de não afetar a renda dos mexicanos, o governo seguirá apoiando o preço da gasolina, diesel e do gás LP, a despeito dos aumentos significativos dos preços internacionais do petróleo", prometeu Calderón. A inflação para o consumidor no México atingiu 4,55% no acumulado de 12 meses até abril, com a alta liderada por tomates, frango, pães, abacate e óleo para cozinha.

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