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MG lista 512 fazendas aptas a exportar carne para UE

Por Fabiola Salvador
Atualização:

O governo de Minas Gerais encaminha hoje para Brasília uma lista complementar com o nome de 116 fazendas mineiras que cumprem todas as exigências para exportação de carne bovina para o mercado europeu. Na semana passada, a secretaria de Agricultura do Estado já havia encaminhado para o ministério uma lista com o nome de outras 396 fazendas aptas a exportar para o bloco. No total, constam 512 fazendas na lista mineira, número muito inferior às 1.237 propriedades que constavam na lista anterior, informou a Secretaria Estadual de Agricultura. Em janeiro, o ministério entregou uma lista de 2.681 fazendas brasileiras habilitadas para exportação para os países da União Européia (UE). O total foi muito superior ao pedido pelas autoridades européias, que solicitaram ao Brasil a seleção de 300 propriedades. A postura do governo brasileiro irritou Bruxelas, que questionou a capacidade do governo brasileiro de fazer auditorias nas 2.681 fazendas em pouco tempo e vetou as importações de carne do Brasil. O embargo vale desde o começo deste mês. Para tentar reabrir o mercado europeu, o Brasil decidiu revisar a lista e relacionar apenas as propriedades que cumpram uma lista de mais de 30 itens exigidos pelo bloco. Fazendas incluídas na lista inicial e que tiverem pendências burocráticas - como a não apresentação do número do Cadastro de Pessoa Física (CPF) do dono dos rebanhos ou notas fiscais de compra e venda de animais - ficarão de fora do documento que será entregue na sexta-feira (15) pelo secretário de Defesa Agropecuária, Inácio Kroetz, às autoridades européias em Bruxelas. "As fazendas que constam da lista elaborada pelo Estado não apresentam nenhuma pendência", garantiu o secretário de Agricultura do Espírito Santo, César Roberto Colnago. Ele disse que 38 fazendas capixabas estavam incluídas na primeira lista, sendo que, depois de uma reavaliação, ficaram constatadas inconformidades em seis propriedades. A maior parte das deficiências está relacionada à falta de documentos e ao desrespeito às normas do sistema de rastreabilidade dos rebanhos, o Sisbov. Esses problemas, disse Colnago, poderiam ser facilmente resolvidos, mas as propriedades foram excluídas da nova lista para evitar problemas. "Na semana passada, durante reunião no Ministério da Agricultura, o ministro Reinhold Stephanes, nos pediu para sermos extremamente rigorosos", contou. Em Santa Catarina, não houve cortes na lista de 32 fazendas habilitadas para exportar para o bloco. A situação sanitária do rebanho catarinense, classificado pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) como área livre de febre aftosa sem vacinação, é reconhecida pela UE, mas os catarinenses não vendem carne bovina para o bloco. A ausência de frigoríficos habilitados para o mercado europeu impede a exportação. Mesmo assim, técnicos estaduais e da Superintendência de Agricultura fizeram novas auditorias nas propriedades para confirmar as informações do primeiro relatório. A estratégia é manter as propriedades habilidades até que seja possível vender diretamente para o mercado europeu.

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