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MG retoma exportações para UE após fim do embargo

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O governo de Minas Gerais e o frigorífico Independência informaram hoje que a unidade de Janaúba (MG) da empresa abateu hoje o primeiro lote de animais aprovados pelas novas normas da União Européia (UE), após o embargo de carne in natura pelo bloco econômico, em janeiro, e a liberação para o comércio de apenas 97 propriedades, em fevereiro. Os produtos foram vendidos para a companhia Meat Import Zandbergen, da Holanda, um dos principais importadores europeus. O abate de 359 machos e 70 fêmeas foi realizado na unidade localizada no Norte de Minas Gerais. Segundo a Secretaria de Agricultura de Minas Gerais, as cinco fazendas que venderam os animais para o frigorífico Independência fazem parte da lista das propriedades brasileiras selecionadas pela UE, após auditoria realizada, no início deste mês, nas fazendas autorizadas a exportar para o bloco. Duas estão no município de Jaíba, duas em Francisco Sá e uma em Joaquim Felício - todos no Estado mineiro. Minas Gerais detém 82% das fazendas que estão na lista aprovada pelos europeus. O embarque, de cerca de 50 toneladas de carne desossada, será feito na próxima semana. Até então, toda a carne brasileira in natura exportada este ano para a UE era de contratos realizados antes da entrada em vigor das restrições européias. Segundo o diretor comercial do Independência, André Skirmunt, a unidade de Janaúba está sob gestão do Independência há dois anos. Em 90 dias, a fábrica foi aprovada para exportar para a Europa e as operações foram iniciadas com um volume de abate de 550 cabeças por dia, ampliada posteriormente para 1,2 mil cabeças por dia. "Apesar de todos os empecilhos que nos foram impostos, o Brasil comprova a sua vocação de produtor mundial de alimentos e os produtores, ainda que poucos no momento, provaram que têm condições de fornecer o produto que o mercado europeu deseja e que as autoridades européias nos exigem este momento", argumenta Skirmunt. A previsão do Independência é fazer mais dois embarques em abril. "A tendência é que os embarques passem a ser semanais, até que, gradativamente, possamos voltar ao ritmo normal, que era de remessas quase diárias para a UE", informou o diretor comercial do frigorífico. Segundo ele, o Independência já fez contato com outras fazendas da lista para negociar futuras vendas.

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