PUBLICIDADE

Miguel Jorge: é difícil vigiar contrapartida de emprego

Foto do author Célia Froufe
Por Célia Froufe (Broadcast) e ISABEL SOBRAL E RENATA VERÍSSIMO
Atualização:

O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Miguel Jorge, admitiu hoje ser "praticamente impossível" o governo exigir e fiscalizar as indústrias que recebem benefícios em relação à manutenção dos empregos. De acordo com ele, os únicos setores em que o governo consegue ter essa contrapartida garantida são o de motos produzidas em Manaus e o da indústria automobilística. "Só temos contrapartida dos que já tinham feito anteriormente. Dos outros setores é difícil fazer o controle", afirmou, após a cerimônia de anúncio de medidas para a recuperação da economia, afetada pela crise financeira internacional, e praticamente todas as medidas embasadas na renúncia fiscal.Na avaliação de Miguel Jorge, a contrapartida no caso da linha branca deve ser natural, já que se espera o aumento das vendas de eletrodomésticos. Ele citou como exemplo o caso de lavadoras de roupas, cujo incremento foi de 30% em maio na comparação com o mês anterior. "A expectativa é de que essas empresas não só mantenham os empregos em suas unidades, como contratem mais empregados para subir a demanda", disse. Logo após o anúncio das novas desonerações, o ministro Miguel Jorge já adiantou que outras ações já estão em estudo pelo governo. "Eu, pessoalmente, defendo mais medidas, mas não posso adiantá-las", desconversou. De acordo com ele, até agora o mercado tem mostrado que tem publico para receber as ações adotadas pelo governo.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.