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Miguel Jorge: menor repasse do FAT não preocupa

Por Anne Warth
Atualização:

O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Miguel Jorge, disse que o menor repasse de recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) para o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) não preocupa o governo. Neste ano, apenas R$ 4 bilhões serão destinados à instituição, nem metade dos R$ 9,5 bilhões do ano anterior e bem menos que os R$ 16,2 bilhões repassados em 2006. "O FAT não consegue cobrir tudo. O cobertor é curto", admitiu ele, após participar da posse dos novos integrantes do Conselho de Administração da Amcham, em São Paulo. Apesar disso, ele disse que a situação não é preocupante, uma vez que o lucro do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) no ano passado e os aportes financeiros do governo são avaliados como "extraordinários" e poderão contribuir para manter os empréstimos para as grandes empresas. "Eu acredito que, a partir de agora, com o grande crescimento do emprego no ano passado e a perspectiva para este ano, poderemos recompor o FAT", opinou. O Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) decidiu ontem destinar menos recursos aos programas financiados pelos recursos do fundo porque a receita diminui ano a ano. Além disso, as despesas obrigatórias não param de aumentar. Somente os gastos com seguro-desemprego subiram de R$ 5,7 bilhões em 2002 para R$ 12,7 bilhões em 2007 - um aumento médio de 17,3% ao ano.

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