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Milho sobe forte com oferta restrita

Por Filipe Domingues
Atualização:

A restrição da oferta de milho nos Estados Unidos impulsionou ontem os preços do cereal na Bolsa de Chicago. O pregão terminou com a maior cotação já registrada no fechamento, a US$ 7,6025 por bushel para o contrato com vencimento em maio, alta de 3,29%. A expectativa do governo dos Estados Unidos é de que, no fim do ano-safra, o país tenha o mais baixo estoque de milho em 15 anos. A reação do mercado leva isso em conta. Além disso, toda vez que o governo está prestes a rever sua estimativa - o que deve ocorrer na próxima sexta-feira -, participantes do mercado ficam apreensivos, prevendo que o número será ainda menor. Esse sentimento é resultado da forte demanda pelo milho americano. As exportações cresceram, aumentou o uso para alimentação de animais e também para a produção de etanol, que nos Estados Unidos é feito principalmente de milho. Segundo analistas, a alta do preço do cereal no mercado futuro tem, a rigor, o objetivo de conter essa demanda.Analistas relacionaram a alta do milho à do açúcar, de 2,04%, pois ambos estão ligados a matérias-primas para adoçantes e energia. Os preços do trigo também saltaram (4,02%), já que, como o milho, o grão é usado como ração animal. Além disso, o clima seco ameaça lavouras de trigo nos Estados Unidos e sustenta os preços do cereal. Já a soja caiu 0,70%, pressionada pela colheita na América do Sul.

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