30 de maio de 2018 | 10h03
Atualizado 30 de maio de 2018 | 12h39
SÃO PAULO - Cerca de 600 militares realizaram na manhã desta quarta-feira, 30, uma operação para desobstruir pontos das Rodovias Presidente Dutra e Régis Bittencourt em Embu das Artes, entre outras regiões do Estado de São Paulo.
Em entrevista à Rádio Bandnews, o general Luiz Eduardo Ramos Baptista Pereira, chefe do Comando Militar do Sudeste e comandante da operação, disse que o objetivo é garantir a segurança de caminhoneiros que querem deixar as mobilizações. Segundo ele, não há registro de confrontos até agora.
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De acordo com o general, tropas também estão fazendo "corredores de segurança" para ajudar caminhoneiros a deixar outras estradas do Estado.
Segundo a Polícia Rodoviária Federal, há um efetivo de infantaria do Exército e da Força Aérea, na altura do km 279 da Régis, para fazer um comboio com os motoristas que desejarem sair. E também há uma tropa do Exército, no km 385, em Miracatu, outro ponto de manifestação.
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De acordo com a PRF, os comboios do exército descerão sentido Rio Grande do Sul, para que os motoristas que desejarem, em todo o trajeto, possam voltar ao sul do país.
Na rodovia Presidente Dutra, a operação liberou os pontos de manifestação em São Paulo e no Rio de Janeiro. Segundo a CCR NovaDutra, que administra o trecho, apenas caminhões com defeito permanecem nos antigos pontos de manifestação. A saída dos caminhoneiros ocorreu de forma pacífica, sem resistência ou episódios de violência.
Para ajudar a operação nas rodovias, quatro helicópteros deixaram o Comando Militar do Sudeste, no Ibirapuera. Militares da 12ª Brigada de Infantaria de Caçapava e também homens de Lorena e Osasco participam da ação.
Trânsito. A rodovia Anhanguera foi bloqueada com barricada de fogo na altura do Trevo Jaraguá, em Osasco, por volta das 5h30 desta quarta-feira, 30, por integrantes da Ocupação Esperança em Osasco e do Movimento Luta Popular. O ato apoia a greve dos caminhoneiros e dos petroleiros. Por volta das 7h, apenas a pista local apresentava problemas. Como o governo baixou o preço do diesel, os manifestantes reivindicam a redução do preço da gasolina e do gás de cozinha. O Movimento Luta Popular, junto com moradores da Ocupação Jardim da União, também fazem uma manifestação no Grajaú, fechando avenidas até o terminal Varginha.
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"Não podemos pagar pelas maracutaias dos governos e empresários. Eles querem que seja o povo a pagar a conta de um sistema que só vive de nos explorar e nos lascar, enquanto os ricos vivem numa boa às nossas custas", diz em nota a direção do Movimento Luta Popular, defendendo a realização de uma greve geral no País.
A rodovia Fernão Dias continua com alguns trechos de lentidão por conta das manifestações entre os quilômetros 589 e 591 (sentido Minas Gerais).
Na Presidente Dutra, sentido Rio de Janeiro, o tráfego é lento na pista expressa entre os quilômetros 179 e 180. /Equipe AE
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