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Minerva prevê aumento na produção do país; melhores margens

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Por Redação
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O segundo semestre será favorável para o setor de carne bovina, com preços do produto para o consumidor mais interessantes na comparação com a carne de frango ou suína, previu nesta terça-feira o frigorífico Minerva, um dos maiores do Brasil. O cenário indica ainda um aumento nos abates de bovinos no Brasil para 30 milhões de cabeça em 2012, alta de 4 por cento ante 2011, afirmou o gerente de pesquisa de mercado do frigorífico, Fabiano Tito Rosa, em entrevista a jornalistas. Os confinamentos bovinos (pecuária intensiva) aumentarão na mesma proporção que os abates, na comparação com o ano passado, para 2,17 milhões de cabeças, acrescentou Tito Rosa. "A situação de competitividade melhorou, o boi ficou (relativamente) mais barato em relação aos frangos e suínos", disse ele. Ele explicou que, enquanto as indústrias de frango e suínos enfrentam altos custos com ração, em função da disparada dos preços da soja e do milho, o segmento de bovinos vive uma situação mais confortável, uma vez que a maior parte da pecuária nacional é extensiva (com bois criados no pasto). Além disso, destacou, o Brasil vive um ciclo de baixa nos preços da arroba do boi, por conta de uma maior oferta de animais para abate. A avaliação coincide com análise feita por executivos do concorrente JBS na semana passada, de que melhores margens na divisão de bovinos deverão contribuir para um resultado operacional superior da companhia. Com isso, disse Tito Rosa, é possível ter um aumento dos preços, com melhora das margens do setor neste semestre. "Mas este ciclo de baixa é temporário, porque a tendência no longo prazo é de um aumento dos preços tanto no mercado interno como externo", ponderou. O executivo acredita ainda que o final do ano terá bom consumo de carne bovina. "Tradicionalmente, o fim do ano é o período com preços mais altos da carne bovina... para os cortes nobres." Os executivos falaram hoje em Barretos, no interior de São Paulo, durante evento em que lançaram uma reestruturação de marcas. As ações do frigorífico subiam 0,79 por cento às 15h12. (Reportagem de Fabíola Gomes; texto de Roberto Samora)

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