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Ministério investiga irregularidades em canaviais de SP

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Operação conjunta do Ministério Público do Trabalho (MPT) e Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) em usinas e propriedades produtoras de cana-de-açúcar na da região de Ribeirão Preto (interior de São Paulo) apontou irregularidades que vão gerar autos de infração, de acordo com relatório das entidades. Usinas foram notificadas para enviar representantes em audiências realizadas na Gerência Regional do Ministério do Trabalho em Ribeirão, entre hoje e amanhã, quando receberão os autos e orientação dos fiscais do trabalho, e propostas de Termo de Ajustamento de Conduta (TACs) por parte dos procuradores. Em uma das irregularidades apontadas, uma frente de trabalho com cerca de 80 trabalhadores foi interditada por auditores fiscais do MPT em uma plantação de cana próxima ao trevo de Pontal (SP). Na atividade de colheita da Usina Carolo, os cortadores não usavam Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), principalmente luvas e óculos, e um deles sofreu um acidente ferindo um dos olhos, segundo os procuradores. Os trabalhadores reclamaram a falta de reposição de vestimentas e descontos nos pagamentos com os quais não concordam. Ainda segundo o MPT, um trabalhador denunciou também que não recebem atestado de licença médica se não comprarem medicamentos em uma farmácia que seria de propriedade de um funcionário da usina. José Petros, diretor da usina apontado como o único a falar sobre o assunto, não estava na companhia hoje pela manhã e ainda não retornou os contatos feitos pela reportagem. Em outra frente de trabalho, da unidade Santa Elisa, do Grupo Santelisa Vale, próximo a Pitangueiras (SP), os cortadores também reclamaram que tinham conta-salário pela qual recebiam sem desconto de tarifas, e que foram encerradas com a exigência de que abrissem conta pessoal, e passaram a pagar as taxas bancárias, segundo eles, abusivas. A Santelisa Vale informou apenas, em um comunicado curto, que não recebeu, até agora, laudo conclusivo do Ministério Público do Trabalho.

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