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Ministra da Economia da Argentina apresenta plano para 'equilíbrio fiscal' do país

Batakis ainda afirmou que o acordo de renegociação da dívida com o Fundo Monetário Internacional (FMI) será mantido

Por Gabriel Caldeira
Atualização:

São Paulo - Empossada na semana passada, a ministra da Economia da Argentina, Silvina Batakis, anunciou um pacote de medidas econômicas em coletiva de imprensa nesta segunda-feira, 11. Por meio das propostas, o governo tentará retomar o "equilíbrio fiscal" do país, disse. Batakis ainda afirmou que o acordo de renegociação da dívida com o Fundo Monetário Internacional (FMI) será mantido, ao contrário do que a própria ministra antecipou.

"Se mantém as metas acordadas com o FMI. Entendemos que é um acordo que firmamos como Estado e que temos de cumprir", disse Batakis, antes de ressaltar que a "chegada" do Fundo ocorreu em um momento de "máxima especulação" na Argentina.

Ministra da Economia da Argentina, Silvina Batakis, anunciou um pacote de medidas econômicas em coletiva de imprensa nesta segunda-feira, 11 Foto: Natacha Pisarenko/ AP

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Quanto às medidas econômicas, a ministra afirmou que o orçamento mensal do governo aos órgãos do setor público não ultrapassará a arrecadação argentina, e anunciou a criação de um "comitê assessor da dívida" para "avaliar e propor em matéria da dívida soberana" na moeda do país. Batakis disse crer na solvência do Estado como "promotor da atividade econômica e da geração de empregos". Ela ainda informou que haverá uma mudança na lei de administração financeira da Argentina, que colocará todo o setor público sob os princípios de "manejo orçamentário eficiente".

 Batakis também disse que conversou com lideranças empresariais em sua primeira semana como ministra e avaliou que o governo não pode permitir os "abusos de preços" vistos recentemente. Na sua visão, "não há explicação técnica" para o nível do aumento de preços aos consumidores argentinos e o movimento consiste em "pura especulação". Sobre a depreciação recente do peso, a ministra disse que o câmbio em relação ao dólar está equilibrado e tem de ser competitivo para estimular o comércio exterior.

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