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Ministro anuncia que nova política industrial sai em 15 dias

25 setores industriais serão beneficiados, mas medidas serão diferentes conforme o setor

Por Lu Aiko Otta e da Agência Estado
Atualização:

A nova política industrial será apresentada na próxima semana ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva e deverá ser divulgada no prazo de 10 a 15 dias. O anúncio foi feito na tarde desta quinta-feira pelo ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Miguel Jorge.   Veja também: Economia brasileira cresce 5,4% em 2007 'Estamos acelerando crescimento sem inflação', diz Mantega A medida do crescimento do País    Segundo o ministro, todos os 25 setores industriais serão beneficiados, porém as medidas serão diferentes, conforme o setor. Ele evitou entrar em detalhes, mas confirmou que haverá estímulo à aquisição de bens de capital (máquinas), eliminação do PIS e Cofins sobre determinadas operações, ampliação da capacidade de financiamento às micro, pequenas e médias empresas e diminuição de burocracia.   Entre os setores beneficiados ele citou o automotivo, saúde, tecnologia da informação, eletroeletrônicos, material de defesa e construção civil.   O ministro explicou que um dos componentes na nova política é a tentativa de substituir importações. Para isso, o governo pretende atrair empresas estrangeiras que produzam bens de alto valor agregado, vendidos em grande quantidade ao País.   Exportações   Além da política industrial, o ministro levará ao presidente um conjunto de novas medidas destinadas especificamente a aumentar as exportações. Ele afirmou que a meta de exportações para este ano, fixada em US$ 180 bilhões, está mantida, por enquanto.   Ele explicou que essa meta já leva em conta os efeitos da política industrial. Já as medidas adicionais de estímulo às exportações não estão no cálculo. "Eu espero que essas medidas tenham impacto nas exportações este ano, mas não me arriscaria a agora, no calor da batalha, dizer que teria impacto ou de quanto ele seria", disse o ministro.   Juros   O ministro evitou entrar em confronto com a diretoria do Banco Central, que alertou, na última ata do Comitê de Política Monetária (Copom), divulgada nesta quinta-feira, para o risco de aumento da inflação, devido ao crescimento da demanda.   "Por enquanto não vemos problema de demanda. Ela está sendo atendida. E as importações são responsáveis por isso, não pela entrada de produtos para abastecer o mercado, mas com a compra de máquinas e equipamentos que aumentam a produtividade", afirmou.   O ministro acrescentou que os bancos centrais de todo o mundo são conservadores por natureza e que não se deve esperar uma postura progressista dessas instituições. "O Banco Central está alertando para um risco que tem de ser avaliado permanentemente", disse o ministro.

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