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Ministro britânico quer reduzir déficit à metade

Executivos do setor bancário que receberem bônus acima de 25 mil libras terão imposto de 50%

Por Danielle Chaves e Marcilio Souza
Atualização:

O ministro das Finanças do Reino Unido, Alistair Darling, afirmou que vai procurar reduzir o déficit "de um modo ordenado" nos próximos anos. Na apresentação do relatório pré-orçamento, Darling disse que, para garantir o crescimento, é preciso "manter o suporte até que a recuperação esteja garantida e reduzir à metade o déficit em quatro anos, de um modo ordenado".Darling afirmou que existe uma confiança crescente de que a economia global está se recuperando. Também declarou que, depois de uma longa recessão, está confiante de que a economia do Reino Unido vai começar a crescer a partir da virada do ano.   No entanto, Darling observou que o governo "não pode ser complacente" sobre a economia e que, por isso, será mantido o suporte do governo para a economia.   Imposto para executivos   O ministro de Finanças do Reino Unido anunciou também que o governo britânico vai criar um imposto de 50% sobre os bônus de executivos do setor bancário superiores a 25 mil libras (US$ 41 mil). A taxação recairá sobre o empregador.   Ao apresentar os planos para o financiamento e os gastos do governo em seu relatório pré-orçamentário, Darling disse que essa taxação vai se aplicar a todos os bancos e sociedades financeiras do Reino Unido, além de bancos estrangeiros com agências e subsidiárias no país. A medida entre em vigor hoje e termina em 5 de abril.   As notícias de que muitos bancos estariam preparados para pagar bônus fizeram aumentar a pressão para que o governo imponha um limite sobre as remunerações volumosas que muitos afirmam serem responsáveis pelo excesso de posições de risco que levaram à crise do crédito global.   Darling tem repetidamente pedido ao setor bancário que apresente limites às remunerações, afirmando que os executivos do setor devem isso aos contribuintes, que comprometeram bilhões de libras em dinheiro para ajudar as instituições financeiras durante a crise. As informações são da Dow Jones.

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