
12 de março de 2009 | 10h40
O secretário de Negócios do Reino Unido, Peter Mandelson, criticou o Banco da Inglaterra, afirmando que os formuladores de política precisam acelerar a aprovação da ajuda aos braços financeiros das montadoras. Contudo, em entrevista a BBC na noite da última quarta, 11, Mandelson disse que as discussões para dar assistência de liquidez às unidades financeiras das montadoras estão progredindo. Veja também: Volks vê possível prejuízo no 1º tri e corta investimento BMW tem lucro 89% menor em 2008, corta dividendo e ação cai De olho nos sintomas da crise econômica Dicionário da crise Lições de 29 Como o mundo reage à crise "Eu gostaria que as nossas discussões com o Tesouro e o Banco da Inglaterra - e o Banco da Inglaterra está na posição de liderança nisso - fossem mais rápidas do que estão, e eu reconheço isso com facilidade", afirmou Mandelson. O presidente do BoE, Mervyn King, e o ministro britânico de Comércio e Investimentos, Mervyn Davies, reuniram-se no mês passado para discutir o suporte financeiro às montadoras. Em resposta aos comentários do secretário, o porta-voz do primeiro ministro britânico, Gordon Brown, afirmou nesta quinta que o premiê também vê "urgência" nas negociações. "Eu acredito que Mandelson disse que as discussões estavam progredindo neste fronte e é claro que reconhecemos a urgência disso", relatou o porta-voz. "Haverá mais discussões entre o Tesouro e o Banco da Inglaterra", acrescentou. O BoE, por sua vez, disse estar "intrigado" com as críticas de Mandelson e afirmou, em comunicado, que a ajuda a um setor específico é "claramente e apropriadamente" uma questão para o governo, e não a função do banco central. "O Banco da Inglaterra está intrigado com os comentários de Mandelson ontem", disse o banco central, acrescentando que as negociações ocorreram em nível de trabalho com o governo e autoridades da indústria. O BoE também informou ter estendido o colateral que aceita para incluir títulos lastreados por empréstimos corporativos e ao consumidor, incluindo aqueles para financiamento de veículos. Além disso, a nova Linha de Compra de Títulos está aberta a todas as empresas não-financeiras que estejam nos critérios de elegibilidade. As informações são da Dow Jones.
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