24 de abril de 2010 | 00h00
Como o leilão foi vencido pela Chesf, subsidiária da Eletrobrás que lidera o consórcio de empresas, o governo, segundo Zimmermann, tentará antecipar a assinatura do contrato de outorga, prevista para setembro. "Trata-se da usina mais planejada do mundo. Foram cinco anos de estudos ambientais e não podemos mais esperar", afirmou.
No caso da usina de Jirau, no Rio Madeira (RO), o governo levou seis meses para conseguir a licença do canteiro de obras. A licença definitiva saiu em um ano e 14 dias. Para inaugurar o canteiro de Belo Monte, a licença do Ibama teria de sair nos próximos cinco meses.
Zimmermann criticou a ação de organizações não-governamentais (ONGs) que tentam barrar a construção de Belo Monte. Disse que essa ações não passam de "manipulações". "Não sou técnico, mas me reporto aos números. Foram mais de R$ 70 milhões gastos em estudos ambientais e, se for necessário, faremos algumas adequações."
O ministro não descartou a possibilidade de a Eletrobrás assumir integralmente a execução da obra, uma vez que detém 49% do consórcio. Mesmo considerando a possibilidade remota, por conta das ações que questionam os valores envolvidos na negociação, ele assegurou que a estatal possui expertise suficiente e que, se preciso for, tem capacidade de comprar a parte das demais empresas participantes do grupo vencedor do leilão da Belo Monte. O ministro esteve ontem Florianópolis, onde foi homenageado pela Eletrosul, subsidiária da Eletrobrás, responsável pela geração e transmissão de energia no Sul.
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