Publicidade

Minoritários questionam venda do iG a Telemar

Líder dos minoritários da Telemar afirma que com a compra do portal iG, o qual, segundo ele, dá um prejuízo mensal de US$ 8 milhões, os demais acionistas serão lesados porque, por via indireta, assumirão a maior parte desse prejuízo

Por Agencia Estado
Atualização:

A compra do portal iG pela Telemar, anunciada no fim do ano passado, está suspensa. A negociação está sendo questionada por acionistas minoritários junto à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e à SEC (sigla em inglês para o órgão regulador do mercado de capitais dos Estados Unidos. O órgão americano está investigando a operação sob regime de confidencialidade. A alegação dos minoritários é de conflito de interesses de controladores. Os grupos Opportunity e GP Investimentos fazem parte do bloco de controle das duas empresas. Procurados pelo Estado, eles não se manifestaram sobre o assunto. Sócio da Internetco Investments Ltda, Luis Roberto Demarco de Almeida, que lidera um grupo de minoritários da Telemar que tentam evitar o fechamento do negócio, afirma que "os controladores da Telemar estão fazendo negócios que beneficiam seus próprios interesses, à custa dos demais acionistas". Demarco lembrou que, em novembro do ano passado, Carlos Alberto Sicupira e Daniel Dantas, acionistas do iG, chegaram a anunciar publicamente um aumento de capital de US$ 40 milhões no portal. "O aumento de capital não aconteceu e, além disso, o iG hoje dá um prejuízo mensal de US$ 8 milhões", afirma. Ele classifica a negociação como um serviço aos controladores da Telemar e um ato lesivo aos demais acionistas que, por via indireta, assumirão a maior parte desse prejuízo. O acionista defende que a BNDESPar, empresa de participações do BNDES, exerça o direito de veto da operação, já que também faz parte do bloco de controle. A direção da BNDESPar diz apenas que a operação está sendo analisada pelo banco, mas não informou se tem intenção de sustar a compra.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.