A missão técnica conjunta do Banco Mundial (Bird) e do Fundo Monetário Internacional (FMI) desembarcará hoje em Buenos Aires para avaliar a situação das empresas de serviços públicos privatizadas. Embora o FMI tenha esclarecido que a missão não será para negociar os aumentos de tarifas dos serviços, o governo admite que o relatório final da missão será determinante para definir os termos da renegociação dos contratos com as empresas privatizadas. O objetivo da missão, segundo o governo, é discutir as normas de regulação das concessões dos serviços públicos e delinear as negociações entre o governo e as empresas concessionárias. O ministério da Produção informou que a missão não pedirá aumentos de tarifas, apesar de que o assunto esteja na pauta do FMI. Segundo o ministro, Aníbal Fernández, o "Estado pediu colaboração em matéria de contratos e não no aumento de tarifas". O governo gostaria de empurrar a antipática medida de aumentos para o próximo presidente que assumirá no dia 25 de maio. Porém, as empresas pressionam para que os aumentos saiam imediatamente, sob o risco de um colapso no fornecimento dos serviços, principalmente os de energia. Já o Ministério de Economia deseja revisar os contratos das concessões antes do final deste governo mas sabe que o tempo não será suficiente. O ministro de Economia, Roberto Lavagna, quer pelo menos deixar tudo prontinho para seu sucessor que, segundo os boatos, poderia até ser ele mesmo.