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Missão da Ucrânia vem discutir trigo

Por Agencia Estado
Atualização:

O diretor do Departamento de Defesa e Inspeção Vegetal (DDIV) do Ministério da Agricultura, Odilson Ribeiro, informou nesta terça-feira que na quinta-feira próxima chegará ao Brasil uma missão do governo da Ucrânia, para discutir a suspensão das importações de trigo daquele país pelo Ministério da Agricultura. As importações de trigo daquele país encontram-se suspensas desde o dia três passado, depois que o serviço sanitário brasileiro detectou a presença do fungo Alternaria triticina em uma das cargas desembarcadas no porto de Fortaleza no dia dois deste mês. Odilson Ribeiro disse que as importações continuarão suspensas até que o DDIV conclua a análise de risco de pragas sobre o trigo. Esta análise será feita a partir de informações enviadas pelas autoridades ucranianas. Até a última segunda-feira essas informações não haviam sido apresentadas. Com relação ao trigo embarcado até o dia dois deste mês, Odilson Ribeiro reafirmou que as cargas, ao chegarem ao Brasil, serão submetidas a tratamento com o agrotóxico brometo de metila e, depois, a mais uma análise fitossanitária. Se o resultado for negativo o produto poderá ser retirado pelos importadores. Caso contrário, será destruído ou retornará à Ucrânia. Segundo ele, as cargas que chegaram a Fortaleza (CE), Salvador (BA) e Santos (SP) estão armazenadas nos respectivos portos onde serão tratadas com o agrotóxico. ?É um tratamento viável, porque não deixa resíduo?, disse o diretor. A confirmação do fungo Alternaria triticina no trigo da Ucrânia, foi feita no dia primeiro deste mês, pelo laboratório da Universidade de Lavras (MG) e comunicada ao Ministério da Agricultura. De acordo com a instrução normativa número 46, do Ministério da Agricultura, os países que quiserem exportar para o Brasil produtos de origem vegetal terão que ter análise de risco aprovada até o dia 27 de novembro próximo. A partir dessa data não será mais permitida a importação de produto que não tiver cumprido essa exigência. Canadá, Estados Unidos e Mercosul não estão incluídos nessa medida porque possuem regras específicas.

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